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Publicada em 28 de Junho de 2024 às 16:17

Empresas de logística e transporte de cargas do RS pedem crédito acessível

Presidente da Fetransul, Francisco Cardoso defende importância de linhas de financiamento para gerar empregos e reerguer o Rio Grande do Sul

Presidente da Fetransul, Francisco Cardoso defende importância de linhas de financiamento para gerar empregos e reerguer o Rio Grande do Sul

TÂNIA MEINERZ/JC
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Cláudio Isaías
Cláudio Isaías Repórter
Composto por 30 mil empresas que empregam 165 mil pessoas, o setor das empresas de logística e de transporte de cargas no Rio Grande do Sul espera o oferecimento de linhas de crédito acessível para que o setor possa fazer a retomada diante da maior catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul.
Composto por 30 mil empresas que empregam 165 mil pessoas, o setor das empresas de logística e de transporte de cargas no Rio Grande do Sul espera o oferecimento de linhas de crédito acessível para que o setor possa fazer a retomada diante da maior catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul.
O presidente da Federação das Empresa de Logística e de Transporte de Cargas no Rio Grande do Sul (Fetransul), Francisco Carlos Gonçalves Cardoso, avalia que, nesse momento, é importante o apoio do governo federal, garantindo linhas de financiamento. "Queremos preservar empresas para manter empregos, mas também queremos reerguer o Estado", afirma, observando a importância do crédito nesse cenário.
Segundo Cardoso, faz todo o sentido que empresas que estão em áreas que alagaram tenham acesso a linhas para financiar a reconstrução. Porém, conforme o presidente da Fetransul, a linha de  crédito para compra de equipamentos e capital de giro também precisa chegar às empresas que estão em cidades que chegaram a situação de calamidade ou emergência. "Eu defendo linhas de crédito para todo o Rio Grande do Sul", resume.
Há empresas de logística e transporte que estão sedidas em regiões do Rio Grande do Sul que não foram tão afetadas, mas seus negócios dependem do Vale do Taquari e da Região Metropolitana de Porto Alegre, exemplifica o dirigente da Fetransul.
Por isso, para Cardoso, os governos federal e estadual, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Conselho Monetário Nacional precisam repensar também as linhas de financiamento para empresas que não foram atingidas diretamente pelas enchentes nas suas sede ou nos seus caminhões. "Porém, podem ter sido atingidas no faturamento ou nos seus custos, porque teve que alterar rotas", observa.
Em relação a questões importantes para o setor que serão discutidas no segundo semestre, o presidente da Fetransul destaca, no âmbito dos impostos, a regulamentação da reforma tributária e a desoneração da folha de pagamento.
Cardoso destaca ainda um ponto importante na área trabalhista, relativa ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a Lei do Motorista (Lei 13.103) – a análise do caso está agendada para agosto.
Outro ponto que preocupa o setor de logística e de cargas do Estado são as condições das rodovias gaúchas. "Um levantamento da CNT aponta que seriam necessários R$ 27 bilhões para reconstruir as estradas no território gaúcho", comenta o dirigente. 
O presidente da Fetransul analisou esses temas durante visita ao Jornal do Comércio na quinta-feira (27), quando esteve acompanhado pelo coordenador da Comissão de Infraestrutura da Fetransul, Paulo Ziegler. Os dirigentes foram recebidos diretor-presidente do JC, Giovanni Jarros Tumelero.

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