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Publicada em 26 de Junho de 2024 às 19:37

Meta contínua e arcabouço fiscal estabelecem 'novo horizonte macroeconômico' ao país, diz Haddad

Conselho Monetário Nacional definiu novo modelo para objetivos da inflação

Conselho Monetário Nacional definiu novo modelo para objetivos da inflação

José Cruz/Agência Brasil
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Folhapress
O ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmou nesta quarta-feira (26) que o sistema de meta contínua de inflação e o arcabouço fiscal criam um "novo horizonte macroeconômico" para o país. O chefe da equipe econômica confirmou a ratificação da meta de inflação em 3% e disse que a mudança para o modelo contínuo desobriga o Conselho Monetário Nacional (CMN) de fixar a cada ano uma meta de inflação a ser perseguida pelo Banco Central (BC).
O ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmou nesta quarta-feira (26) que o sistema de meta contínua de inflação e o arcabouço fiscal criam um "novo horizonte macroeconômico" para o país. O chefe da equipe econômica confirmou a ratificação da meta de inflação em 3% e disse que a mudança para o modelo contínuo desobriga o Conselho Monetário Nacional (CMN) de fixar a cada ano uma meta de inflação a ser perseguida pelo Banco Central (BC).
"O próprio decreto diz que qualquer mudança desse número tem que ser feita com antecedência mínima de 36 meses. Ou seja, a questão está absolutamente consolidada", afirmou Haddad. "Acredito que o arcabouço fiscal, de um lado, e o decreto da meta contínua, do outro, estabelecem, tanto do ponto de vista fiscal quanto do ponto de vista de política monetária, um novo horizonte macroeconômico para o Brasil", acrescentou.
O novo modelo do sistema de metas de inflação foi formalizado nesta quarta, um ano depois do anúncio feito pelo próprio chefe da equipe econômica sobre a mudança. O decreto foi publicado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) horas antes de novo encontro do CMN em edição extra do Diário Oficial da União. O colegiado é composto por Haddad, pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto.
A partir de 1º de janeiro de 2025, o BC passa a perseguir a meta de inflação de forma contínua, sem se vincular ao chamado "ano-calendário", período de janeiro a dezembro de cada ano. Na nova sistemática, a meta será considerada descumprida quando a inflação, medida pela variação de preços acumulada em 12 meses, ficar por seis meses seguidos fora do intervalo de tolerância.

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