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Publicada em 25 de Junho de 2024 às 11:38

Indústria farmacêutica gaúcha contabiliza prejuízo milionário em decorrência das enchentes

Três empresas localizadas no 4º Distrito de Porto Alegre e uma em Canoas ficaram alagadas

Três empresas localizadas no 4º Distrito de Porto Alegre e uma em Canoas ficaram alagadas

Pixabay/Reprodução/Divulgação/JC
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Maria Amélia Vargas
Maria Amélia Vargas Repórter
Entre os segmentos afetados pelas enchentes de maio de 2024, a indústria farmacêutica gaúcha calcula perdas de centenas de milhões de reais em fábricas situadas no Rio Grande do Sul. O Sindicato das Empresas do Complexo Industrial da Saúde no RS (Sindicis) destaca três empresas localizadas no 4º Distrito de Porto Alegre e uma em Canoas cujos prejuízos envolvem estoques, matérias-primas e maquinário.
Entre os segmentos afetados pelas enchentes de maio de 2024, a indústria farmacêutica gaúcha calcula perdas de centenas de milhões de reais em fábricas situadas no Rio Grande do Sul. O Sindicato das Empresas do Complexo Industrial da Saúde no RS (Sindicis) destaca três empresas localizadas no 4º Distrito de Porto Alegre e uma em Canoas cujos prejuízos envolvem estoques, matérias-primas e maquinário.
Segundo o presidente da entidade, Thômaz Nunnenkamp, duas já devem retomar as atividades no final deste mês, mas as demais têm previsão de voltar à atividade apenas em setembro: “Um dos grandes problemas é que na nossa área trabalhamos com muito equipamento importado. Isso não se resolve pegando o telefone e pedindo uma substituição de algo que se tem na prateleira aqui em Porto Alegre. Às vezes tem que vir um técnico do exterior para fazer manutenção, etc.”
Outra questão levantada pelo dirigente são as especificidades deste tipo de fabricação, que exige um sistema de ar diferenciado e uma atmosfera controlada. Ele explica que toda esta infraestrutura precisa ser validada e contar com uma higienização mais específica”.
Para essa retomada, o presidente se ressente da pouca atenção do governo federal para a indústria farmacêutica atingida pelas águas, especialmente no que se refere à manutenção dos empregos e aos financiamentos oferecidos. Na sua avaliação, “o ideal seria ter todo o ferramental que se teve na pandemia, fazer a suspensão parcial ou total do contrato de trabalho, ter regras mais flexíveis para o banco de horas, para férias”.
Um dos fabricantes atingidos foi o Laboratório Lifar, que faz parte do Grupo Panvel. Porém, o gerente executivo Industrial, Anderson Moraes, destaca que a “agilidade e a eficiência da equipe permitiram uma rápida retomada das atividades na sede e no Centro de Distribuição em Eldorado do Sul”.
“Enfrentamos desafios com perdas pontuais de estoque, mas nossa capacidade de resposta foi exemplar, com recursos alternativos de armazenamento em Porto Alegre que permaneceram intactos. Estamos em processo de avaliação para quantificar os prejuízos, mas é importante ressaltar que nossa distribuição não foi comprometida, mantendo o compromisso com nossos clientes”, completa.
Em relação aos funcionários, os aproximadamente 30 colaboradores tiveram suas casas atingidas pelas cheias foram atendidas pela rede de apoio do Grupo. Entre as iniciativas, Moraes destaca a distribuição de cestas básicas, de produtos de higiene e de vale-colchões, além da antecipação do 13º salário e a criação de uma plataforma de voluntariado.
“As recentes enchentes foram um lembrete poderoso da necessidade de construir uma infraestrutura mais resiliente diante das mudanças climáticas. A experiência reforçou nossa determinação em implementar práticas sustentáveis e inovadoras para garantir que, mesmo diante de adversidades, possamos continuar a servir nossa comunidade com segurança e eficácia”, conclui o gerente.
 

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