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Publicada em 12 de Junho de 2024 às 15:59

Pesquisa da Fiergs mostra que 63% das indústrias consultadas sofreram paralisação de atividades pela enchente

Segundo o levantamento da Fiergs, 60% planejam alocar recursos para a recuperação dos negócios dentro de um mês

Segundo o levantamento da Fiergs, 60% planejam alocar recursos para a recuperação dos negócios dentro de um mês

TÂNIA MEINERZ/JC
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Uma consulta realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) com 220 empresas do setor, entre 23 de maio e 10 de junho, revela que 81% foram afetadas pelas inundações do mês passado, sendo que destas, 63% sofreram paralisação total ou parcial das suas atividades. A maioria (95%) das interrupções alcançou até 30 dias. “As enchentes foram catastróficas para o Rio Grande do Sul. Além do drama pessoal de quem perdeu familiares e viu suas casas serem invadidas pelas águas, a economia gaúcha também sofrerá um impacto imenso, cujo efeito deve começar a ser detectado nos próximos meses, e precisará de um tempo ainda incerto para se recuperar. Mas os primeiros sinais já aparecem, com a confiança e a expectativa dos industriais gaúchos desabando”, diz o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, ao analisar o resultado da consulta divulgada nesta quarta-feira (12).O levantamento teve como objetivo entender o perfil das indústrias mais afetadas, avaliar a extensão e os tipos de prejuízos sofridos por elas e captar as perspectivas. O trabalho foi coordenado pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da Fiergs, que elaborou a consulta junto às indústrias. Contou com o apoio na divulgação por parte da Unidade de Desenvolvimento Sindical (Unisind), dos sindicatos filiados à entidade, do Conselho de Articulação Sindical e Empresarial (Conase), da Gerência Técnica e de Suporte aos Conselhos Temáticos (Getec) e do Serviço Social da Indústria (Sesi-RS).A consulta – feita em formato on-line, com um questionário aberto para as empresas que quisessem responder – aponta que, entre os principais prejuízos decorrentes da catástrofe, os mais listados foram a logística utilizada para escoamento da produção ou recebimento de insumos, problemas com pessoal e colaboradores, além de dificuldades com fornecedores atingidos pelas enchentes. Além disso, 31,3% das que responderam informaram prejuízos em estoques de matérias-primas, 19,6% em máquinas e equipamentos, outros 19,6% nos estabelecimentos físicos e 15,6% em estoques de produtos finais.
Uma consulta realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) com 220 empresas do setor, entre 23 de maio e 10 de junho, revela que 81% foram afetadas pelas inundações do mês passado, sendo que destas, 63% sofreram paralisação total ou parcial das suas atividades. A maioria (95%) das interrupções alcançou até 30 dias. “As enchentes foram catastróficas para o Rio Grande do Sul. Além do drama pessoal de quem perdeu familiares e viu suas casas serem invadidas pelas águas, a economia gaúcha também sofrerá um impacto imenso, cujo efeito deve começar a ser detectado nos próximos meses, e precisará de um tempo ainda incerto para se recuperar. Mas os primeiros sinais já aparecem, com a confiança e a expectativa dos industriais gaúchos desabando”, diz o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, ao analisar o resultado da consulta divulgada nesta quarta-feira (12).

O levantamento teve como objetivo entender o perfil das indústrias mais afetadas, avaliar a extensão e os tipos de prejuízos sofridos por elas e captar as perspectivas. O trabalho foi coordenado pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da Fiergs, que elaborou a consulta junto às indústrias. Contou com o apoio na divulgação por parte da Unidade de Desenvolvimento Sindical (Unisind), dos sindicatos filiados à entidade, do Conselho de Articulação Sindical e Empresarial (Conase), da Gerência Técnica e de Suporte aos Conselhos Temáticos (Getec) e do Serviço Social da Indústria (Sesi-RS).

A consulta – feita em formato on-line, com um questionário aberto para as empresas que quisessem responder – aponta que, entre os principais prejuízos decorrentes da catástrofe, os mais listados foram a logística utilizada para escoamento da produção ou recebimento de insumos, problemas com pessoal e colaboradores, além de dificuldades com fornecedores atingidos pelas enchentes. Além disso, 31,3% das que responderam informaram prejuízos em estoques de matérias-primas, 19,6% em máquinas e equipamentos, outros 19,6% nos estabelecimentos físicos e 15,6% em estoques de produtos finais.

“É uma tarefa extremamente difícil reconstruir o Estado, a economia tem que andar, e não está andando”, ressalta o presidente da Fiergs. Diante deste cenário grave, Gilberto Porcello Petry reforça a importância de serem tomadas medidas urgentes de apoio às empresas, que evitem demissões. Dentre as principais sugestões levadas pela indústria gaúcha estão a reativação de medidas emergenciais de manutenção do emprego, como o Benefício Emergencial (BEm), o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese), bem como o acesso rápido a crédito e capital de giro.

Apesar de impactadas, 64,2% das empresas consultadas pela Fiergs não pretendem mudar o local de suas sedes e permanecerão na mesma área de instalação. Já 20,1% ainda não decidiram o que farão com o seu negócio. As principais medidas que incentivariam as empresas a retomar suas atividades no mesmo local incluem melhoria da infraestrutura, postergação ou anistia do pagamento de tributos e concessão de crédito subsidiado.

A consulta detecta ainda que 52% das indústrias não possuíam cobertura de seguro contra perdas e danos decorrentes das enchentes. Entre as micro, pequenas e médias, 63,4% estavam sem seguro, enquanto cerca de 70% das grandes empresas, seguradas. Entre as sem seguro, 16% optaram por fechar seus negócios ou mudar de localização, em comparação com 13% das seguradas que tomaram decisões semelhantes.


Segundo o levantamento da Fiergs, 60% planejam alocar recursos para a recuperação dos negócios dentro de um mês. As grandes empresas destacam também, como ações governamentais prioritárias para retomada das atividades, a necessidade de melhorias na infraestrutura e medidas específicas para prevenir novos alagamentos. Por outro lado, as pequenas e médias empresas apontam a necessidade de subsídios financeiros e postergação ou anistia de tributos.

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