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Publicada em 07 de Junho de 2024 às 17:44

ABCS projeta definição sobre continuidade da operação de Candiota 3 até meados de julho

Termelétrica tem contrato acabando no final do ano

Termelétrica tem contrato acabando no final do ano

Tatiana Gappmayer/Divulgação/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
A termelétrica a carvão Candiota 3 corre contra o tempo para confirmar a manutenção da sua atividade já que seu contrato de fornecimento de energia termina em 31 de dezembro de 2024. A expectativa do presidente da Associação Brasileira do Carbono Sustentável (ABCS), Fernando Zancan, é que antes do recesso do Congresso Nacional, que ocorrerá na segunda metade de julho, seja possível ter uma sinalização de uma solução para prorrogar a operação da usina gaúcha.
A termelétrica a carvão Candiota 3 corre contra o tempo para confirmar a manutenção da sua atividade já que seu contrato de fornecimento de energia termina em 31 de dezembro de 2024. A expectativa do presidente da Associação Brasileira do Carbono Sustentável (ABCS), Fernando Zancan, é que antes do recesso do Congresso Nacional, que ocorrerá na segunda metade de julho, seja possível ter uma sinalização de uma solução para prorrogar a operação da usina gaúcha.
O dirigente espera que até a parada dos parlamentares seja estabelecido o marco regulatório de transição energética justa que possibilite a manutenção do atual parque termelétrico a carvão nacional pelos próximos anos. No caso da térmica do município de Candiota, o complexo tem capacidade instalada de 350 MW (o que corresponde a cerca de 9% da demanda de energia do Rio Grande do Sul) e no ano passado foi vendido pela Eletrobras para o grupo Âmbar Energia por R$ 72 milhões.
Sobre os impactos que representam os empreendimentos carboníferos ao meio ambiente, Zancan admite que é necessário ter como meta reduzir as emissões de CO2. No entanto, o presidente da ABCS (antiga Associação Brasileira de Carvão Mineral – ABCM) frisa que é possível adotar tecnologias, como a de captura de carbono, para resolver essa questão. “Transição energética não é substituir o carvão é transformá-lo com emissões neutras”, defende o dirigente.
Zancan sustenta que, evitando a emissão de CO2, não seria preciso abandonar o uso do mineral. Sobre a questão do que seria melhor, a geração de energia carbonífera ou a sua substituição pela fonte nuclear, o dirigente ressalta que é preciso analisar os custos das duas tecnologias e os benefícios para a cadeia econômica em geral, como a criação de emprego e renda. “No caso do carvão, vai ter a mina, a usina, a cimenteira (que usa subprodutos da atividade), que é o que tem em Candiota hoje”, reforça o representante da ABCS.
Ele salienta que o carvão é um ativo econômico importante para o Rio Grande do Sul (que concentra quase 90% das reservas brasileiras do mineral). Zancan acrescenta que o setor deve realizar neste ano ainda um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), no valor de R$ 5,5 milhões, para estudar um processo de captura de CO2 com a combustão de carvão e biomassa (matéria orgânica) no Estado. Zancan enfatiza que a iniciativa faz parte da ideia de promover um novo olhar sobre as práticas de mineração e aproveitamento do carvão.

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