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Publicada em 06 de Junho de 2024 às 17:39

Principais vias de escoamento para importação e exportação do RS foram afetadas

Maiores fluxos ocorrem pelo Porto de Rio Grande e aeroporto Salgado Filho

Maiores fluxos ocorrem pelo Porto de Rio Grande e aeroporto Salgado Filho

Divulgação/Portos RS/JC
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Agências
Os principais pontos de escoamento das exportações gaúchas e de recebimento de mercadorias – pelas vias marítima, rodoviária e aérea - foram afetados pelas enchentes de maio. Embora o principal deles, o Porto de Rio Grande (assim como as suas alternativas, os portos catarinenses de Itajaí e de São Francisco do Sul) esteja a pleno funcionamento, rodovias que permitem o transporte da carga até ele foram danificadas. “Muitas das passagens utilizadas para escoar a produção para o mercado externo e importar mercadorias foram comprometidas. Essas vias são de suma importância para permitir um fluxo adequado de comércio e não prejudicar a competitividade da indústria gaúcha”, afirma o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry.De acordo com um levantamento realizado pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da Fiergs, de uma maneira geral, as principais formas utilizadas pela economia gaúcha para escoar mercadorias para o exterior são as vias marítima e rodoviária, embora, para certos produtos com alto valor agregado e baixo volume, a via aérea seja a mais escolhida. Esse fato ocorre porque alguns dos maiores parceiros comerciais do Rio Grande do Sul estão a uma grande distância, especialmente no continente asiático e na América do Norte, e outros fazem fronteira direta com o Estado.
Os principais pontos de escoamento das exportações gaúchas e de recebimento de mercadorias – pelas vias marítima, rodoviária e aérea - foram afetados pelas enchentes de maio. Embora o principal deles, o Porto de Rio Grande (assim como as suas alternativas, os portos catarinenses de Itajaí e de São Francisco do Sul) esteja a pleno funcionamento, rodovias que permitem o transporte da carga até ele foram danificadas. “Muitas das passagens utilizadas para escoar a produção para o mercado externo e importar mercadorias foram comprometidas. Essas vias são de suma importância para permitir um fluxo adequado de comércio e não prejudicar a competitividade da indústria gaúcha”, afirma o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry.

De acordo com um levantamento realizado pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da Fiergs, de uma maneira geral, as principais formas utilizadas pela economia gaúcha para escoar mercadorias para o exterior são as vias marítima e rodoviária, embora, para certos produtos com alto valor agregado e baixo volume, a via aérea seja a mais escolhida. Esse fato ocorre porque alguns dos maiores parceiros comerciais do Rio Grande do Sul estão a uma grande distância, especialmente no continente asiático e na América do Norte, e outros fazem fronteira direta com o Estado.
Em 2023, por exemplo, a maior parte das exportações embarcadas pelo RS ocorreu pela via marítima (US$ 18,8 bilhões, ou 84,2% do total). Em segundo lugar ficaram as rodovias (US$ 2,7 bilhões ou 12,3%) e, em terceiro, a via aérea (US$ 746,5 milhões ou 3,3%). Para o acumulado de janeiro a abril de 2024, o ranqueamento se manteve em marítima (US$ 4,8 bilhões ou 82,7%), rodoviária (US$ 798,9 milhões ou 13,8%) e aérea (US$ 201 milhões ou 3,5%). No primeiro quadrimestre do ano, os ramos que mais exportaram pelo Porto de Rio Grande foram o Processamento industrial do tabaco, Óleos vegetais em bruto e Cultivo de trigo.

Quanto aos locais de escoamento da produção, os principais pontos utilizados pelo Rio Grande do Sul para exportar, no ano passado, foram o Porto de Rio Grande, com US$ 15,5 bilhões, correspondente a 69,5%; o Porto de Itajaí, US$ 1,4 bilhão ou 6,5%, e a Alfândega de Uruguaiana, US$ 891,6 milhões ou 4%. Já para o acumulado de janeiro a abril de 2024, a ordem segue com o Porto de Rio Grande, US$ 4,1 bilhões ou 70%, ocupando o primeiro lugar, seguido da Alfândega de Uruguaiana, US$ 270,1 milhões ou 4,7%.

O trajeto mais utilizado até o Porto de Rio Grande deve passar pela BR-471. Após as chuvas de maio de 2024, a rodovia está com fluxo praticamente ininterrupto, à exceção de um bloqueio parcial na altura do município de Rio Pardo, mas que permite a passagem de caminhões de até 45 toneladas. Ao mesmo tempo, a viagem até os portos de Itajaí e São Francisco do Sul está mais dificultada. A RSC 287 tem bloqueios parciais, assim como a passagem pela região metropolitana de Porto Alegre, o que impede esse acesso até a BR 101, que leva até os portos catarinenses.

Em relação ao fluxo comercial que ocorreu por meio de aeroportos, de janeiro a dezembro de 2023, o Rio Grande do Sul exportou por essa via 3,3% do total embarcado (US$ 746,5 milhões) e importou US$ 634 milhões (US$ 4,6% do total). O Aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha, nesse mesmo período, foi responsável por exportar US$ 50,1 milhões, 6,7% de tudo que foi embarcado por via aérea, e importar US$ 91,7 milhões, 14,5% das compras que chegaram por meio de aeroportos.

Já no acumulado de janeiro a abril de 2024, o Salgado Filho movimentou US$ 101,6 milhões em produtos, dos quais US$ 15,4 milhões foram em exportações e US$ 86,2 milhões, em importações. Embora o Salgado Filho apresente pouco peso para o total exportado pelo Rio Grande do Sul, o aeroporto exerce influência relevante para as importações de alguns segmentos específicos. Em especial, aqueles relacionados a produtos utilizados em hospitais e no tratamento veterinário.

Além do Salgado Filho, destacam-se e também são utilizados os aeroportos brasileiros de Guarulhos e Vira Copos (ambos em São Paulo) e o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.

Importações

Quanto às importações gaúchas, as rotas marítima e rodoviária são as mais usadas para trazer produtos do mercado externo, e, assim como nas exportações, para certos itens com alto valor agregado e baixo volume, a aérea seja escolhida. Em 2023, a maior parte das importações do RS ocorreu pela via marítima (US$ 10,5 bilhões ou 76,3% do total), em segundo lugar vieram as rodovias (US$ 2,6 bilhões ou 18,7%) e, em terceiro, por via aérea (US$ 634 milhões ou 4,6%). Para o acumulado de janeiro a abril de 2024, a posição se manteve em marítima (US$ 3 bilhões ou 75% do total), rodoviária (US$ 800,5 milhões ou 20%) e aérea (US$ 194,4 milhões ou 4,8%). No primeiro quadrimestre do ano, destacaram-se as compras de produtos de Intermediários para fertilizantes e Adubos e fertilizantes, realizadas por Rio Grande.

Quanto aos locais de recebimento das compras externas no ano passado, estiveram principalmente o Porto de Rio Grande, com US$ 5,3 bilhões ou 38,8%; a Alfândega de Porto Alegre, US$ 3,1 bilhões ou 22,6%, e a Alfândega de Uruguaiana, US$ 1,8 bilhão ou 13,1%.

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