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Publicada em 06 de Junho de 2024 às 12:19

Cesta básica de Porto Alegre sobe 3,33% em maio, mostra pesquisa

Alguns produtos tiveram limitação de unidades por cliente no auge da crise climática

Alguns produtos tiveram limitação de unidades por cliente no auge da crise climática

PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Agências
O preço da cesta básica de Porto Alegre registrou alta de 3,33% em maio na comparação com abril, a maior variação entre as capitais pesquisadas, custando R$ 801,45. Nos primeiros cinco meses de 2024, a cesta acumula avanço de 4,56%, e na comparação com maio do ano passado o aumento é de 2,54%. As informações foram divulgadas pelo Dieese nesta quinta-feira (6).
O preço da cesta básica de Porto Alegre registrou alta de 3,33% em maio na comparação com abril, a maior variação entre as capitais pesquisadas, custando R$ 801,45. Nos primeiros cinco meses de 2024, a cesta acumula avanço de 4,56%, e na comparação com maio do ano passado o aumento é de 2,54%. As informações foram divulgadas pelo Dieese nesta quinta-feira (6).
Mesmo com as fortes chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no mês passado, o Dieese manteve a coleta de dados na cidade. A pesquisa foi feita presencialmente em todos os supermercados da amostra, exceto um, que foi afetado pelas inundações. No caso das padarias e açougues, devido às dificuldades de acesso aos locais, só foram visitados 73% dos que fazem parte do levantamento.
Segundo o Dieese, a percepção, ao longo da coleta de preços, é de que não houve desabastecimento na cidade, apesar de algumas marcas não terem sido encontradas por problemas de logística e distribuição. Em alguns estabelecimentos, havia aviso de limite de unidades por cliente, como por exemplo nas prateleiras de água, leite e arroz.
Em maio, dez produtos que compõem a cesta básica tiveram alta nos preços médios, com destaque para a batata (27,06%), arroz (13,24%), leite (12,41%), café (8,50%), tomate (5,45%), Ficaram mais baratos o feijão (-7,43%), a carne (-1,40%) e a farinha de trigo (-0,48%).
Quando analisados os dados do acumulado do ano, a pesquisa do Dieese mostra que 8 produtos encareceram, destacando-se a batata (27,94%), o leite (19,98%), o arroz (17,46%), o tomate (11,30%), a banana (10,66%), o café (9,91%), pão (4,04%) e a manteiga (0,17%). Em sentido contrário, cinco produtos tiveram recuo no período: a farinha de trigo (-5,05%), óleo de soja (-3,02%), a carne (-2,96%), o açúcar (-2,45%) e o feijão (-0,37%). 
No mês passado, o trabalhador de Porto Alegre que recebe o salário-mínimo de R$ 1.412,00 precisou trabalhar 124 horas e 52 minutos para adquirir a cesta básica. Em maio de 2023, quando o mínimo era de R$ 1.320, o tempo de trabalho necessário foi de 130 horas e 16 minutos. Considerando o salário-mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em maio de 2024, 61,36% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em abril de 2024, o percentual foi de 59,39%, e, em maio de 2023 de 64,01%.

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