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Publicada em 06 de Junho de 2024 às 01:25

Avança ideia de substituir usinas a carvão por nucleares

Energia atômica representa apenas 1% da matriz elétrica do Brasil

Energia atômica representa apenas 1% da matriz elétrica do Brasil

/ELETRONUCLEAR /DIVULGAÇÃO/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
O aumento da geração de energia atômica no planeta, inclusive no Brasil, pode contribuir para a transição energética mundial, defende o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), Celso Cunha. Ele comenta que a tecnologia dos pequenos reatores modulares (SMRs - na sigla em inglês), que representa menores custos e complexidade de licenciamento em relação a usinas de maior porte, devem alavancar iniciativas nesse setor.
O aumento da geração de energia atômica no planeta, inclusive no Brasil, pode contribuir para a transição energética mundial, defende o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), Celso Cunha. Ele comenta que a tecnologia dos pequenos reatores modulares (SMRs - na sigla em inglês), que representa menores custos e complexidade de licenciamento em relação a usinas de maior porte, devem alavancar iniciativas nesse setor.
O dirigente cita o exemplo da empresa Diamante Energia que assinou um memorando de entendimento com a Amazul para avaliar a possibilidade de instalar um SMR no complexo termelétrico a carvão Jorge Lacerda, que fica no município catarinense de Capivari de Baixo. Cunha acrescenta que o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, estará neste mês de junho no País e a ideia é levá-lo a Santa Catarina para acompanhar essa ação. A meta é que a AIEA possa apoiar os estudos de empreendimentos como esse.
Cunha adianta que uma das análises que deve ser realizada é observar a viabilidade de aproveitar parte dos equipamentos das térmicas a carvão nas novas usinas nucleares. O presidente da Abdan não descarta a possibilidade da região carbonífera de Candiota, no Rio Grande do Sul, possa seguir futuramente um caminho semelhante. Ele cita a Polônia como um exemplo de local em que já está ocorrendo a substituição de térmicas. "São 17 usinas a carvão que estão sendo desmobilizadas lá e no lugar delas sendo implementados SMR", informa.
Atualmente, a energia atômica no Brasil registra uma capacidade de aproximadamente 2 mil MW, o que corresponde a cerca de 1% da matriz elétrica nacional. O representante da Abdan argumenta que a produção nuclear não verifica a emissão de CO2, como ocorre com térmicas a carvão e óleo, mas se configura como uma energia "firme", ou seja, que não oscila de acordo com o clima. Essa característica contribui para aumentar a segurança quanto ao abastecimento de energia.

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