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Publicada em 06 de Junho de 2024 às 01:25

Dólar fecha no maior nível desde janeiro de 2023

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O dólar se firmou em alta nas últimas duas horas de pregão em sintonia com o exterior e, após máxima a R$ 5,3058, encerrou a sessão de ontem com ganhos de 0,23%, cotado a R$ 5,2977 - maior nível de fechamento desde 5 de janeiro de 2023 (R$ 5,3523). 
O dólar se firmou em alta nas últimas duas horas de pregão em sintonia com o exterior e, após máxima a R$ 5,3058, encerrou a sessão de ontem com ganhos de 0,23%, cotado a R$ 5,2977 - maior nível de fechamento desde 5 de janeiro de 2023 (R$ 5,3523). 
Tirando o peso mexicano, que apresentou uma recuperação parcial do tombo dos últimos dias, as divisas emergentes mais relevantes se depreciaram nesta quarta, em especial o rand sul-africano, um dos pares do real. As cotações do petróleo avançaram mais de 1%, mas os preços minério de ferro caíram novamente. 
Analistas afirmam que segue em curso a redução de exposição a divisas emergentes iniciados nos últimos dias, em meio a resultados de eleições presidenciais no México, Índia e África do Sul. Esse movimento se dá em momento de aumento da percepção de risco doméstico, com crescente ceticismo em torno do cumprimento das metas fiscais e desconfiança em relação à política monetária a partir de 2025 com a troca de comando no Banco Central.
"O peso mexicano tinha se desvalorizado muito e de forma muito rápida. Vemos hoje uma pequena recuperação. Tivemos volatilidade no real, mas o quadro ainda é de dólar bem firme", afirma o head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, que não vê fatores que possam levar a um alívio no câmbio no curto prazo, embora não acredite em alta mais forte com a taxa acima de R$ 5,30. "O real teve desempenho pior que as outras moedas nos últimos meses. Precisamos de um 'trigger' (gatilho) interno, algo positivo relacionado ao fiscal ou a sucessão no Banco Central. Mas isso parece difícil."
Já o Ibovespa orbitou a estabilidade na maior parte desta quarta. O índice se manteve entre mínima de 121.253,01 (-0,45%) e máxima de 122.170,07 pontos ( 0,30%), encerrando ainda em baixa de 0,32%, aos 121.407,33 pontos, com giro a R$ 19,7 bilhões nesta sexta sessão de revés para o Ibovespa. Na semana e no mês, a referência da B3 recua 0,57%, elevando a perda do ano a 9,52%.
Nesta quarta, mais uma vez, o Ibovespa não conseguiu acompanhar o sinal positivo de Nova York, onde os ganhos chegaram a 1,96% (Nasdaq) no fechamento - em renovação de máxima histórica tanto para o índice de tecnologia como para o amplo (S&P 500, em alta de 1,18% na sessão).
Em NY, o avanço do apetite por risco tem sido favorecido pelo prosseguimento da correção, em baixa, nos rendimentos dos Treasuries, em meio a sinais mistos nos dados americanos mais recentes, que mantêm sobre a mesa a chance de um ou talvez dois cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) ainda este ano.
Na B3, as perdas de Vale (ON -1,42%) - a ação de maior peso individual no índice, e que tem refletido a correção do minério na China (nesta quarta -1,84%, a US$ 113,93 por tonelada em Dalian) - impuseram-se ao sinal misto em Petrobras (ON -0,17%, PN 0,13% no fechamento).
Na ponta ganhadora do índice, destaque para Magazine Luiza ( 4,64%), Sabesp ( 4,47%) e Azul ( 2,18%). No lado oposto, Petz (-4,32%), Cogna (-3,72%) e PetroReconcavo (-3,37%).

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