Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 05 de Junho de 2024 às 15:55

Leite encontra Lula e pede ajuda para evitar demissões no Rio Grande do Sul

Governador Eduardo Leite oficiou pedido ao presidente Lula

Governador Eduardo Leite oficiou pedido ao presidente Lula

RICARDO STUCKERT/PR/AFP/JC
Compartilhe:
Folhapress
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), teve um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (5) e pediu ajuda para a manutenção dos empregos e a reposição de receitas no Estado, em função da tragédia climática.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), teve um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (5) e pediu ajuda para a manutenção dos empregos e a reposição de receitas no Estado, em função da tragédia climática.
Leite afirmou que é preciso ter um apoio do governo federal às empresas sob pena de uma série de demissões. "A maneira de resolver isso é ter um programa como na pandemia, em que o poder público faça o pagamento de parte dos salários e evite as demissões", disse o governador em entrevista no Palácio do Planalto.
Leite solicitou também um programa de recomposição de rendas. "O governo e as prefeituras vão sofrer, como já sofreram em maio, junho, julho e nos próximos meses, uma queda muito forte da arrecadação, o que vai prejudicar a prestação de serviços à população do lado da arrecadação do Estado. A gente teve a suspensão da dívida, mas a suspensão da dívida é toda canalizada para a reconstrução."
A demanda foi entregue ao presidente, junto com um ofício com as solicitações. A reunião teve a presença de outros governadores. Leite tinha a expectativa de se reunir a sós com o presidente. Ele viajará ao Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (6) junto com Lula e espera que os dois possam conversar mais. O governador disse que ele solicitou a viagem conjunta e que o presidente ofereceu a carona no voo quase que simultaneamente.
Além do encontro com Lula, Leite vai à Câmara e ao Senado tratar de ajudas ao Estado. O governador também afirmou que iria ao Ministério da Fazenda. Segundo aliados, porém, a agenda tanto na Fazenda como no Ministério do Trabalho foram canceladas.
De acordo com Leite, há 500 mil empresas no estado — excetuando-se as individuais — das quais 35 mil estão em áreas alagadas e precisam de apoio. Além disso, o governador citou que há uma perda grande de arrecadação tanto por parte do estado como dos municípios. "[Nos] Meses de maio, junho e julho será de pelo menos R$ 3 bilhões a perda de arrecadação para o estado e para os municípios também", comentou o governador.
"E aí é que nós estamos insistindo. Além de eu ter a manutenção de emprego e renda a partir de medidas, como na pandemia foram adotadas, também pedimos uma medida de reposição de receitas, porque o ente federativo que tem capacidade e fôlego para isso é a União", avaliou.
O governador gaúcho também pontuou que a suspensão do pagametno das parcelas referentes à dívida do RS com a União não é suficiente para recompor as receitas do Estado. "O governo do Estado deixa de pagar para a União e é obrigado a depositar num fundo vinculado às ações de reconstrução do RS. De um lado, o que deixo de pagar da dívida está sendo pago numa conta apartada, mas a despesa corrente do Estado, para manutenção dos serviços, de rotina ordinária... estou vendo minha receita despencar - não apenas o governo do Estado, como as prefeituras", relatou Leite. 

Notícias relacionadas