Estudo preliminar realizado pela FCDL-RS mostra que o comércio do Rio Grande do Sul pode ter, apenas no mês de maio, perdas em torno de R$ 2,4 bilhões em vendas, em virtude das inundações que atingiram o estado. Esse cálculo poderá ser ampliado, a partir do momento em que os lojistas gaúchos dimensionarem com mais exatidão os prejuízos que tiveram, uma vez que muitos deles não conseguiram, ainda, a oportunidade de avaliar os estragos em seus estabelecimentos.
Em relação ao patrimônio, a projeção é de um prejuízo na casa dos R$ 3,5 bilhões, considerando perdas de estoques de mercadorias, de equipamentos, de instalações e, em muitos casos, de toda loja atingida pelas águas.
A projeção feita pela Federação deve crescer de forma impactante nos meses futuros, pois iremos passar por todo o processo de contabilização dos danos, de reconstrução de lojas, de reposição de estoques, de equipamentos. No que se refere apenas ao mês de maio, existia uma perspectiva, de acordo com dados do IBGE, de que em condições normais, o comércio gaúcho vende-se algo em torno dos R$ 12 bilhões. Apenas nessa expectativa houve uma quebra de 20%, o que resulta na projeção de R$ 2,4 bilhões – ressalta o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.
O estudo realizado pelo consultor de Economia da FCDL-RS, professor da Escola de Negócios da PUCRS, Gustavo Inácio de Moraes, acrescenta que o impacto das cheias se estenderá por mais alguns meses, o que impedirá que a estimativa de vendas do comércio gaúcho para todo 2024, cerca de R$ 144 bilhões, seja concretizada.
O estudo realizado pelo consultor de Economia da FCDL-RS, professor da Escola de Negócios da PUCRS, Gustavo Inácio de Moraes, acrescenta que o impacto das cheias se estenderá por mais alguns meses, o que impedirá que a estimativa de vendas do comércio gaúcho para todo 2024, cerca de R$ 144 bilhões, seja concretizada.
É frustrante observamos que milhares de colegas lojistas tiveram suas trajetórias interrompidas de maneira gigantesca. O comércio é uma das molas propulsoras da economia gaúcha, tendo nos micro e pequenos estabelecimentos comerciais, a sua sustentação maior. E, justamente os negócios desses portes, os maiores geradores de emprego e renda do setor, foram os mais afetados. Por isso, todas as ações governamentais que forem implementadas para amenizar essa grave crise, são fundamentais para reerguer o comércio gaúcho – avalia Vitor Augusto Koch.
Para o presidente da FCDL-RS é preciso celeridade na recuperação do Rio Grande do Sul. Além da necessidade de munir as pessoas dos recursos necessários para reconstruírem seus lares e seus negócios, o apoio aos setores econômicos atingidos é urgente. O comércio, por exemplo, é a principal atividade econômica da maioria dos municípios do estado e deve ser apoiado com intensidade nesse momento. Tendo condição de se restabelecer os comerciantes irão desempenhar um papel importantíssimo na recuperação do Rio Grande do Sul.