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Publicada em 29 de Maio de 2024 às 18:36

Sulpetro aponta queda de 30% no mercado gaúcho de combustíveis

Postos alagados com a inundação

Postos alagados com a inundação

Sulpetro Divulgação/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
Uma retração de cerca de 30% na comercialização de combustíveis é o reflexo atual da catástrofe climática que atingiu o Estado, calcula o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal’Aqua. Ele estima que, até o final do ano, essa redução deva ficar, no mínimo, em torno de 20%. No entanto, o dirigente ressalta que esse percentual pode mudar dependendo de como for a evolução da recuperação da economia gaúcha.
Uma retração de cerca de 30% na comercialização de combustíveis é o reflexo atual da catástrofe climática que atingiu o Estado, calcula o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal’Aqua. Ele estima que, até o final do ano, essa redução deva ficar, no mínimo, em torno de 20%. No entanto, o dirigente ressalta que esse percentual pode mudar dependendo de como for a evolução da recuperação da economia gaúcha.
Por enquanto, Dal’Aqua admite que o cenário é pessimista, com previsão de recuo do PIB estadual, circulação restrita de veículos, indústria enfrentando dificuldades e o setor de turismo afetado. “É inevitável ter uma queda”, reitera o dirigente. Além dos problemas de demanda, o representante do Sulpetro cita que dificuldades logísticas para movimentar os insumos do segmento, como o etanol hidratado (utilizado diretamente como combustível) e o anidro (que é adicionado à gasolina), que provêm majoritariamente de outras regiões, também vão significar custos para os revendedores.
O dirigente salienta que os estabelecimentos foram impactados de maneiras distintas. “Tem postos que ficaram alagados, outros que passou um ‘rio’ na frente, mas já estão secos, então cada caso é um caso”, assinala Dal’Aqua. Ele frisa que existe a possibilidade de que muitos postos que já enfrentavam dificuldades financeiras e que foram atingidos pelas chuvas não voltem a operar no mesmo lugar. Porém, ele ressalta que ainda é cedo para fazer um balanço de quantos estabelecimentos poderão fechar as portas por causa do evento climático.
O presidente do Sulpetro acrescenta que um posto afetado pelas chuvas, para voltar a atuar, está sujeito a vários fatores condicionantes. É preciso verificar equipamentos, bombas de combustível, fazer a limpeza do estabelecimento, entre outras ações. Ele destaca, como exemplo de possíveis gastos, que cada substituição de bomba custaria na faixa de R$ 80 mil.
Por causa das inundações ocorridas no Estado, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou orientações sobre a qualidade dos produtos para os postos do Rio Grande do Sul. O órgão regulador solicitou que os revendedores fiquem atentos quanto ao acúmulo de água sobre os tanques e a necessidade de realizar drenagem nos locais, mitigando o risco de contaminação dos produtos estocados.
Outra medida adotada pela ANP, para atenuar a probabilidade de desabastecimento de combustíveis no Rio Grande do Sul durante as inundações, foi a diminuição da adição do biodiesel na fórmula do diesel e do etanol anidro à gasolina. Sobre essa questão, o presidente do Sulpetro adianta que na próxima semana os percentuais que eram praticados antes das enchentes serão retomados. Ele detalha que o percentual de biodiesel no diesel voltará para 14% e o álcool anidro na gasolina retornará aos 27%.

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