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Publicada em 24 de Maio de 2024 às 19:42

Arroz: produtores e indústrias do RS pedem revisão das medidas

Agricultores afirmam que catástrofe climática não causou prejuízo à oferta do produto

Agricultores afirmam que catástrofe climática não causou prejuízo à oferta do produto

Sindiveg/Divulgação/JC
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Agência Estado
Entidades do setor arrozeiro gaúcho pediram ao Ministério da Agricultura a revisão das medidas recentes adotadas pelo governo federal em relação ao produto, como a autorização de compra pública de 1 milhão de toneladas de cereal importado e a isenção da tarifa de importação para arroz importado.
Entidades do setor arrozeiro gaúcho pediram ao Ministério da Agricultura a revisão das medidas recentes adotadas pelo governo federal em relação ao produto, como a autorização de compra pública de 1 milhão de toneladas de cereal importado e a isenção da tarifa de importação para arroz importado.
O pleito foi levado pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Federação das Cooperativas de Arroz do Rio Grande do Sul (Fearroz) e pelo Sindicato da Indústria do Arroz no Estado do Rio Grande do Sul (Sindiarroz) ao ministro Carlos Fávaro em reunião na tarde desta sexta-feira (24).
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As entidades pediram o cancelamento, e não apenas a suspensão do leilão de compra pública do cereal, e a revisão da isenção da TEC para arroz importado limitada a uma cota de 100 mil toneladas e até meados de outubro. Hoje, a alíquota de importação está zerada sem limite de volume e até o fim do ano.
"Solicitamos novamente a não intervenção do governo no mercado. Já explicamos ao governo que o que ocorre são problemas logísticos e de emissão de nota fiscal e não de oferta de arroz, pois o que houve foi um gargalo momentâneo", disse o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, ao Broadcast Agro. "A tendência é que em 30 dias as condições para o abastecimento de arroz estejam normalizadas. Não existe necessidade de importação para volume indefinido sem TEC", acrescentou. Ele garante que o pedido das entidades foi de liberar TEC para 100 mil toneladas e não para volume irrestrito, como disse Fávaro recentemente.

Entre as justificativas, os arrozeiros argumentam que a oferta pelo governo de arroz a R$ 4 por quilo está descasada do mercado mundial e do preço médio do produto, entre R$ 5 e R$ 6 por quilo. "Isso vai trazer desestímulo ao produtor para manter área de produção com preços abaixo do custo de produção e voltaremos a diminuir área plantada, o que foi a tônica durante o mercados nos últimos dez anos com dependência do mercado externo", afirmou o presidente da Federarroz.

De acordo com Velho, não houve sinalização de revisão das medidas quanto ao arroz por parte do Ministério. Entidades supermercadistas, atacadistas e de varejo também participaram do encontro.

Fávaro disse ao setor arrozeiro que é uma determinação do presidente Lula manter estabilidade neste momento e pediu esforço de todos. "Não há jogo de divergência entre produtores e o governo, mas precisamos dar resposta à população e olhar o Brasil como um todo. Há uma corrida desenfreada na busca de arroz por conta de fake news e de oportunidades descabíveis de lucro", afirmou Fávaro na reunião, segundo vídeo publicado nas suas redes sociais.

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