Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 23 de Maio de 2024 às 01:25

Com perdas 'incalculáveis', Instituto Caldeira planeja sua retomada

Arquibancada, que fica no primeiro andar, foi invadida pela água

Arquibancada, que fica no primeiro andar, foi invadida pela água

Instituto Caldeira/Divulgação/JC
Compartilhe:
Patricia Knebel
Patricia Knebel
"O problema do Caldeira é, na verdade, o mesmo de todo Rio Grande do Sul. Essa é uma circunstância única para decidirmos qual o tamanho da nossa ambição. Como desenhar as cidades daqui para a frente de forma a manter protegidos os negócios e a vida das pessoas?".
"O problema do Caldeira é, na verdade, o mesmo de todo Rio Grande do Sul. Essa é uma circunstância única para decidirmos qual o tamanho da nossa ambição. Como desenhar as cidades daqui para a frente de forma a manter protegidos os negócios e a vida das pessoas?".
Pedro Valério, diretor executivo do Instituto Caldeira

Hub de inovação da Capital prepara projeto de refundação para buscar recursos

Testa reforça crença no Quarto Distrito, mas pede apoio para cenário não se repetir

Testa reforça crença no Quarto Distrito, mas pede apoio para cenário não se repetir

Instituto Caldeira/Divulgacão/JC
Uma reunião do Conselho de Administração do Instituto Caldeira, na próxima semana, deverá dar início a um movimento de refundação do hub de inovação gaúcho. Há três anos, o projeto foi colocado de pé a partir da aposta e do investimento de cerca de 40 grandes empresas, como Lojas Renner, Vulcabrás, Gerdau, Agibank e Banrisul.
Agora, com a sede afetada pela força das águas, a meta é buscar apoio para a retomada. "Ainda estamos desenhando a estratégia, mas a perspectiva é abrir para refundadores beneméritos, buscando empresas interessadas, inclusive de fora do Brasil e de outros estados, que foram menos impactados", revela Marciano Testa, fundador do Agibank, presidente do conselho e um dos idealizadores do Caldeira.
O empresário faz questão de assegurar dois pontos importantes sobre o futuro do Instituto. O primeiro deles é a crença no Quarto Distrito. "Apesar do impacto, continuamos acreditando na região", diz.
O outro ponto é a manutenção dos planos de expansão da área, para o prédio na frente do atual.
A meta, anunciada recentemente, é passar a ocupar a estrutura dos antigos prédios da fábrica Tecidos Guahyba, um espaço com cerca de 33 mil m2, sendo 21 mil m2 de área construída; ampliando a área total do Caldeira para 55 mil m2.

O investimento projetado pelo hub na nova área é de cerca de
R$ 120 milhões, valor que virá de empresas e instituições vinculadas à própria comunidade Caldeira.

Porém, Marciano Testa destaca a importância do Caldeira seguir sendo percebido como um projeto estratégico para o Rio Grande do Sul.
Para isso, o empresário traz dados importantes. As companhias que fazem parte do Instituto hoje representam 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul. Os empregos diretos gerados por estes players somam mais de 10 mil.
"O Caldeira tem um impacto considerável na economia, geração de emprego, educação e renda para o Estado, cita.
Ele também faz um clamor ao poder público. "Como cidadão e empresário que investe no RS, tenho expectativa de que possamos canalizar boa parte dos investimentos que serão feitos no Estado em infraestrutura que garanta que empresas e pessoas não tenham mais esse impacto severo", alerta.

Com Labs no RS, SAP organiza apoio aos colaboradores

Cerca de 10% dos funcionários foram diretamente afetados pelas chuvas

Cerca de 10% dos funcionários foram diretamente afetados pelas chuvas

SAP/DIVULGAÇÃO/JC
Localizado no Tecnosinos, em São Leopoldo, o SAP Labs Latin America não teve a sua operação afetada pelas chuvas, por estar em uma área mais elevada da cidade. As atividades seguem normalmente. Todos os funcionários estão trabalhando em home office, exceto aqueles que foram alojados no SAP Labs ou que necessitam da estrutura da empresa como energia ou internet, por exemplo.
Cerca de 10% dos colaboradores foram diretamente afetados.
O SAP Labs organizou acomodações para que funcionários, seus familiares e animais de estimação pudessem se abrigar em segurança neste momento de calamidade. Além disso, a SAP está oferecendo recursos de suporte para a saúde física e psicológica aos abrigados.
A empresa também intensificou a flexibilidade, que já é parte da cultura da empresa, para que os colaboradores possam dedicar tempo para cuidar das suas necessidades pessoais e familiares.
A área de Responsabilidade Social Corporativa da SAP, em uma frente de ajuda imediata, também está contribuindo com as instituições Junior Achievement, Mundo Mais Limpo e Misturaí, por meio de fundos para projeto de resposta a desastres da companhia que também serão usados para planos de reconstrução de longo prazo.
Também foi lançada uma campanha global na qual funcionários podem contribuir financeiramente e o board da SAP fará uma doação no mesmo valor arrecadado. A soma das duas iniciativas de Responsabilidade Social Corporativa já ultrapassa US$ 300 mil.
Os escritórios da SAP em São Paulo e Rio de Janeiro também iniciaram uma campanha de arrecadação de roupas, alimentos não perecíveis da cesta básica, produtos de higiene pessoal, material de limpeza, itens de vestuário, brinquedos, cobertores, roupa de cama e banho, que estão sendo encaminhados à Defesa Civil via Correios para o Rio Grande do Sul.
A SAP também liderou a criação de uma coalizão de empresas para apoiar as iniciativas do Governo do Rio Grande do Sul por meio do Movimento Brasil Competitivo.

Notícias relacionadas