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Publicada em 09 de Maio de 2024 às 01:25

Gás de cozinha para atender o Litoral Norte está vindo do Paraná

Refinaria em Araucária está abastecendo região no Rio Grande do Sul

Refinaria em Araucária está abastecendo região no Rio Grande do Sul

/Michel Guimarães Chedid/Divulgação/JC
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Jornal do Comércio
Em uma situação normal de operação, o gás de cozinha que chega ao Litoral Norte gaúcho é proveniente da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), situada no município de Canoas. No entanto, com as enchentes que assolaram o Estado nesses últimos dias, o gás liquefeito de petróleo (GLP) que está atendendo a essa região do Rio Grande do Sul é procedente, no momento, da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), que fica em Araucária, no Paraná.
Em uma situação normal de operação, o gás de cozinha que chega ao Litoral Norte gaúcho é proveniente da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), situada no município de Canoas. No entanto, com as enchentes que assolaram o Estado nesses últimos dias, o gás liquefeito de petróleo (GLP) que está atendendo a essa região do Rio Grande do Sul é procedente, no momento, da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), que fica em Araucária, no Paraná.
O presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral no Estado do Rio Grande do Sul (Singasul), Ronaldo Tonet, explica que o gás segue do complexo paranaense até Osório e dali é distribuído no Litoral Norte. Essa logística tem menores obstáculos de acesso do que se o produto viesse de Canoas. No entanto, a estratégia não deixa imune de problemas de abastecimento de GLP essa área do Estado.
"O abastecimento está precário praticamente em todo o Rio Grande do Sul", admite Tonet. No caso do Litoral Norte, outro fator que está complicando o atendimento é que várias pessoas deixaram a Região Metropolitana de Porto Alegre e buscaram refúgio nas cidades praianas e estão demandando mais botijões nesses municípios.
Relatos acompanhados pela reportagem do Jornal do Comércio apontam que postos de revenda de gás de cozinha no Litoral Norte começam a enfrentar dificuldade para atender à demanda, que cresceu muito desde o começo desta semana. Em Capão da Canoa e Xangri-Lá, diversos locais estavam com poucos botijões de GLP ou mesmo já não contavam com o produto em estoque para venda ontem.
Na Gás JM - Comércio e Telentrega de Gás de Cozinha, na Rua General Osório, em Capão da Canoa, cerca de 800 unidades haviam sido vendidas nos últimos três dias. Volume que costuma ser comercializado em uma semana ou até mais, durante o ano. No começo da tarde, a revenda contava com poucos botijões e já aguardava nova carga.
A situação se repete em outros pontos de venda do produto. Procura em dobro para o período, exigindo renovação dos estoques. Mas, a distribuição não obedece ao mesmo ritmo que a demanda, o que pode fazer consumidores voltarem para casa sem gás e aguardarem a chegada dos caminhões.
Apesar da situação enfrentada no Litoral, o Singasul reforça que as regiões Metropolitana, Serra e Centro seguem sendo as mais atingidas pela falta de gás de cozinha. Em seu site, a entidade ressalta "que não é falta do produto em si para envazamento, mas sim a falta de pessoal para trabalhar nas distribuidoras, uma vez que muitos foram atingidos pelas enchentes, e a falta de logística de deslocamento". Conforme o comunicado, o "tempo médio de espera do revendedor é de pelo menos 72 horas na fila".

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