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Publicada em 06 de Maio de 2024 às 18:35

Tamanho do impacto na infraestrutura gaúcha só poderá ser mensurado quando águas baixarem

Foco dos trabalhos está na desobstrução de rodovias

Foco dos trabalhos está na desobstrução de rodovias

EGR/divulgação/jc
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
A dimensão dos reflexos na área de infraestrutura do Rio Grande do Sul com as enchentes, assim como o custo e o tempo que levará a recuperação desse setor, ainda não é possível de ser avaliada com precisão. O apontamento é do secretário estadual de Logística e Transportes, Juvir Costella, que acrescenta que será necessário haver um recuo do nível de água para ter um detalhamento maior das proporções do impacto.
A dimensão dos reflexos na área de infraestrutura do Rio Grande do Sul com as enchentes, assim como o custo e o tempo que levará a recuperação desse setor, ainda não é possível de ser avaliada com precisão. O apontamento é do secretário estadual de Logística e Transportes, Juvir Costella, que acrescenta que será necessário haver um recuo do nível de água para ter um detalhamento maior das proporções do impacto.
“Agora é o momento de fazer o enfrentamento (da situação), com o nível das águas baixando, é botar a mão na massa”, enfatiza o secretário. Ele afirma ter confiança que o governo federal irá auxiliar com os recursos para a reconstrução do Rio Grande do Sul. Costella recorda que, por parte do Estado, o governador Eduardo Leite anunciou a liberação de R$ 117 milhões para que já se inicie o processo de restabelecimento da infraestrutura de rodovias nos locais em que os níveis de água permitem.
O secretário destaca que, até a tarde desta segunda-feira (6), eram 345 municípios gaúchos afetados com as chuvas e mais de 850 mil pessoas atingidas. Costella reforça que é uma das maiores tragédias vistas no Rio Grande do Sul e por isso é muito difícil mensurar os impactos futuros e o tempo de restabelecimento das condições de infraestrutura. Conforme atualização feita pelo governo do Estado às 18h desta segunda-feira, eram 99 trechos em 42 rodovias estaduais com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes.
Porém, o secretário frisa que o cenário é dinâmico, mudando a cada hora.
Já levantamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), sobre as estradas federais gaúchas, indicava na manhã desta segunda-feira 42 pontos interditados na BR-116/RS, BR-153/RS, BR-158/RS, BR-287/RS, BR-290/RS, BR-392/RS, BR-470/RS e BR-471/RS.
Já no segmento de energia, no começo da tarde de segunda-feira a CEEE Equatorial informou 188 mil clientes sem energia e a RGE, no final da tarde, segundo boletim da Defesa Civil, registrava 270 mil pontos sem energia elétrica. O engenheiro eletricista e Head da Divisão de cabos da Megger Brazil, Juliano Gonçalves, avalia que, pelo tamanho do desastre climático que ocorreu no Rio Grande do Sul, seria difícil se planejar para uma situação dessas.
“É como se fosse um furacão”, compara. Ele ressalta que, futuramente, uma ação que pode mitigar os reflexos climáticos na rede elétrica seria a implantação de cabos subterrâneos, que podem operar até em áreas alagadas. No entanto, Gonçalves adverte que essa medida aumentaria o custo da tarifa de energia. Outra estratégia seria a adoção de sensores que deixassem a rede mais “inteligente”, melhorando a qualidade da decisão que será tomada pelas concessionárias em casos semelhantes ao que está ocorrendo agora no Rio Grande do Sul.

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