Para alimentar o Projeto Natureza, que prevê a construção de uma fábrica com capacidade para a produção de 2,5 milhões de toneladas de celulose ao ano em Barra do Ribeiro, a CMPC precisará de aproximadamente 180 mil hectares (mais do que 4,8 mil parques da Redenção em Porto Alegre) de produção de madeira (eucalipto).
De acordo com o presidente do Conselho das Empresas CMPC, Luis Felipe Gazitúa, essa área será proveniente de produtores parceiros da empresa, que já conta com 100 mil hectares disponíveis para o plantio, restando completar os outros 80 mil hectares de florestas plantadas.
Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, concedida após a solenidade no Palácio Piratini que marcou a assinatura do protocolo de intenções que prevê um investimento de R$ 24 bilhões, o dirigente da CMPC projeta ainda o prazo para completar a base florestal necessária para garantir matéria-prima para a nova planta de celulose no Estado.
Jornal do Comércio - A CMPC necessita ampliar a base florestal que opera no Rio Grande do Sul ou a atual já é suficiente para alimentar o novo projeto em Barra do Ribeiro?
Luis Felipe Gazitúa - Nós temos a madeira para atender em torno de 60% do projeto e nos falta 40%. É algo que pensamos conseguir nos próximos três anos.
JC - A ideia é expandir essa oferta de matéria-prima proveniente dos eucaliptos com áreas próprias ou de produtores parceiros?
Gazitúa - Com parceiros.
JC - De quantos hectares estamos falando nessa ampliação?
Gazitúa - São 80 mil hectares que faltam. É preciso 180 mil hectares para todo o projeto e já temos o equivalente em madeira a 100 mil hectares.
JC - E quanto mais perto da planta industrial de Barra de Ribeiro ficar essa oferta de matéria-prima, melhor para operação, correto?
Gazitúa - Exato.