Porto Alegre, sex, 02/05/25

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 09 de Abril de 2024 às 01:25

Venda de carros novos sobe 11,6% no RS no 1º trimestre

Jefferson FÌrstenau, presidente do Sincodiv. Reunião-almoço para apresentação de dados do setor automotivo.

Jefferson FÌrstenau, presidente do Sincodiv. Reunião-almoço para apresentação de dados do setor automotivo.

/TÂNIA MEINERZ/JC
Compartilhe:
Cláudio Isaías
Cláudio Isaías Repórter
No primeiro trimestre de 2024, o setor de veículos novos registrou um crescimento de 11,60% no Rio Grande do Sul, ao totalizar a comercialização de 39.567 unidades - veículos, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários. No mesmo período do ano passado, foram vendidas 35.454 unidades. Na avaliação por segmentos, o setor de implementos rodoviários foi o destaque, com um crescimento de 35,41% no trimestre deste ano.
No primeiro trimestre de 2024, o setor de veículos novos registrou um crescimento de 11,60% no Rio Grande do Sul, ao totalizar a comercialização de 39.567 unidades - veículos, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários. No mesmo período do ano passado, foram vendidas 35.454 unidades. Na avaliação por segmentos, o setor de implementos rodoviários foi o destaque, com um crescimento de 35,41% no trimestre deste ano.
Já os veículos e os comerciais leves fecharam os três primeiros meses deste ano com 25.151 unidades vendidas, o que representou um crescimento de 14,93% em relação ao mesmo período de 2023 - 21.884 unidades comercializadas. Os dados sobre o desempenho do primeiro trimestre de 2024 do setor automotivo no Rio Grande do Sul foram apresentados pelo novo presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Rio Grande do Sul e Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Sincodiv/RS/Fenabrave), Jefferson Fürstenau.
Segundo Fürstenau, o setor de caminhões enfrentou um queda de 10,87% no trimestre com 1.853 unidades vendidas - no mesmo período de 2023 foram comercializadas 2.079 caminhões. Em março deste ano, foram vendidos 634 caminhões, registrando um aumento de 14,44% em relação a fevereiro de 2024 (554 caminhões), mas houve uma queda de 24,61% em comparação com março de 2023. 
O segmento de motocicletas acumulou alta de 9,70% nos três primeiros meses deste ano - foram comercializadas 8.693 unidades contra 7.924 motos em 2023. A venda de motos é bastante impactado pelo setor de crédito, segundo o vice-presidente do Sincodiv/RS/Fenabrave, Rogério Schröder. Em março deste ano, as vendas de motocicletas tiveram um incremento de 11,38% se comparado a fevereiro. Porém, em relação a março de de 2023 o número é negativo com queda de 8,70%.   
O presidente do Sincodiv/RS/Fenabrave disse que continua a acreditar no crescimento do setor em 2024. "Estamos vendo com otimismo a retomada de segmentos como autos e comerciais leves  que apresentaram crescimento superior aos índices nacionais", destaca. Para Fürstenau, o setor automotivo acredita na possibilidade de um crescimento ainda maior do que os 10% previstos para o ano, podendo chegar a 11,5% ao se efetivar uma redução da Taxa Selic e a taxa de juros menor que, segundo o dirigente, irá fomentar negócios no setor.
Conforme Fürstenau, o setor automotivo, no ano passado, se beneficiou do incentivo do pacote do governo federal nos meses de junho e julho, o que contribuiu para aquecer as vendas que vinham apresentando queda.  Entretanto, segundo o dirigente do Sincodiv/RS/Fenabrave, existe uma preocupação com a perda de competitividade do Rio Grande do Sul em relação a outros estados. Em 2024, o Estado caiu para a oitava colocação no ranking nacional - ficando atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Santa Catarina e Goiás. 
Durante a divulgação do balanço do primeiro trimestre de 2024 do setor automotivo no RS, foi apresentado o 1º Feirão de Empregos Automotivo Sincodiv/RS/Fenabrave que tem a proposta de oferecer vagas de emprego no segmento automotivo. O evento será realizado no dia 13 de maio, das 8h às 12h, no estacionamento da sede do Sincodiv/Fenabrave/RS, na avenida Pátria, 750, bairro São Geraldo. Quem mora em Porto Alegre e em cidades como Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Alvorada, Guaíba, Eldorado do Sul, São Leopoldo, Sapucaia do Sul e Novo Hamburgo devem levar um currículo impresso para participar da seleção do Feirão no mês de maio.   

Fenabrave prevê alta de 12% na comercialização de veículos no País em 2024

A Fenabrave, associação que representa as concessionárias de veículos, projeta crescimento de 12% nas vendas de automóveis novos neste ano. Em 2023, foram comercializadas 2.179.356 unidades, entre veículos de passeio e comerciais leves.
No primeiro trimestre do ano, foram emplacados 483.303 unidades. O volume é 10,66% superior ao do mesmo período do ano passado. Em março, foram vendidas 175.982 unidades, 13,34% a mais do que em fevereiro (155.270 veículos). Em relação a março do ano passado, houve queda de 5,67%. No entanto, a entidade lembra que neste ano, por causa do feriado da Páscoa, que caiu em março, o mês passado teve apenas 20 dias úteis, ante 23 em março de 2023.
Durante apresentação do balanço do setor no primeiro trimestre, ontem, o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, disse que a expectativa é a de que as vendas aumentem o ritmo a partir do segundo semestre.
"O que projetamos lá no início do ano vem acontecendo, e a tendência é de uma economia sempre mais forte no segundo semestre do que no primeiro, com menos despesas e economia aquecendo. Estamos otimistas: o ano começou bem e o viés é positivo para o segundo semestre", disse Andreta Júnior.
A queda da taxa básica de juros (Selic) e o aumento de crédito para pessoas físicas são citados pelo presidente da Fenabrave como os principais vetores para esse crescimento. "Historicamente, sempre tivemos de 60% a 70% das compras de veículos por meio de financiamentos. Essa proporção diminuiu bastante no ano passado, mas deve caminhar de volta para esse nível."
O cenário projetado pela Fenabrave é de Selic encerrando este ano em 9,5%, conforme detalhou a economista da associação, Tereza Fernandez. Ela destacou que o cenário é "benigno" para a economia doméstica neste ano, com aumento do crédito e da demanda, inflação sob controle, e com "poucos sustos" do ponto de vista cambial. "O risco principal vem da geopolítica", disse, referindo-se a conflitos no Oriente Médio e à guerra entre Rússia e Ucrânia.
Segundo a Anfavea, a associação das montadoras instaladas no País, a produção de veículos recuou 11,8% no mês passado, na comparação com o mesmo mês de 2023, prejudicada pela queda nas exportações. Frente a fevereiro, a produção das montadoras subiu 3,2%, com 195,8 mil unidades saindo das linhas de montagem em março, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.
O resultado leva para 538 mil veículos o total produzido no primeiro trimestre, agora apenas um modesto crescimento de 0,4% em relação aos três primeiros meses do ano passado. A previsão da Anfavea para todo este ano é de crescimento de 6,2% da produção. Apesar do recuo no comparativo interanual, a associação destaca que a produção, próxima a 200 mil unidades, foi a melhor desde novembro, acompanhando a crescente demanda do mercado interno.
As vendas de veículos novos em março, de 187,7 mil unidades, recuaram 5,7% na comparação com o mesmo mês de 2023. Apesar disso, o setor mostrou uma melhora no ritmo diário, chegando pela primeira vez no ano a 9,4 mil veículos vendidos a cada dia útil. Essa média também supera, em 8,5%, a do mesmo mês do ano passado. Em relação a fevereiro, março mostrou crescimento de 13,6% na comercialização de veículos novos. Assim, o primeiro trimestre fechou com alta de 9,1% nas vendas, com 514,6 mil veículos emplacados no Brasil em três meses. O desempenho reflete a melhora nas condições de crédito, em decorrência da queda dos juros, além da demanda firme das locadoras de automóveis.
As exportações, por outro lado, seguem fracas, com queda de 28% em março contra o mesmo período do ano passado.
Na comparação com fevereiro, os embarques do mês passado, de 32,7 mil veículos, subiram 6,5%. Com isso, as exportações das montadoras tiveram queda de 28% no primeiro trimestre, somando no período 82,2 mil veículos brasileiros vendidos ao exterior, tendo México, Argentina, Colômbia e Chile como os principais destinos.

Notícias relacionadas

Comentários

0 comentários