De acordo com comunicado ao mercado divulgado pela Wilson Sons nesta quinta-feira (4) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Terminal de Contêineres (Tecon) Rio Grande movimentou nos três primeiros meses deste ano 177 mil TEUS (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). O resultado representa um incremento de 20,4% em relação ao mesmo período de 2023.
Somente em março, foram operados 60,5 mil TEUs no complexo gaúcho, uma elevação de 14,2%, em comparação a idêntico mês do ano passado. Entre os fatores que podem explicar a evolução dos números do terminal na Metade Sul do Estado estão a atração de novos clientes e cargas e aprimoramento de serviços.
Recentemente, a Wilson Sons, controladora do Tecon Rio Grande, anunciou a operação da Aurora Coop através do empreendimento rio-grandino e do Tecon Santa Clara (estrutura também vinculada ao grupo e que fica situada em Triunfo). A empresa de alimentos começou a exportar proteína animal de aves e suínos para diversas regiões do planeta, incluindo Singapura, China, Hong Kong (Ásia), Espanha (Europa) e Panamá (América Central). Inicialmente, as cargas transportadas são de produtos oriundos das unidades do frigorífico da Aurora Coop dos municípios gaúchos de Erechim, Tapejara e Sarandi.
No Tecon Rio Grande foi feito ainda um investimento de R$ 1,4 milhão para ampliar a eficiência por meio de iniciativas tecnológicas. Entre as ações implementadas está o Centro de Operação do Terminal (COT), que cria uma célula de inteligência operacional para, a partir de análise de dados, promover um planejamento mais eficiente das atividades de pátio e navio. A infraestrutura conta com um painel (videowall) em que são apresentados indicadores de performance (KPIs) e dá visibilidade do trabalho em tempo real e gestão das automações operacionais.
A criação do Centro de Controle de Manutenção (CCM) também está contemplada no aporte. Essa medida tem como objetivo acelerar o processo de monitoramento em tempo real dos ativos, utilizando tecnologias como Internet das Coisas (IoT), elevando a visibilidade de dados para a tomada de decisão. Entre os principais ganhos com a iniciativa está a unificação da telemetria de equipamentos e geração de alertas, possibilidade de acompanhamento das manutenções, aumento da segurança operacional, geração de base histórica de análises e falhas, redução do imobilizado de ativos em estoque e uma maior disponibilidade dos equipamentos para manutenção.