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Publicada em 22 de Março de 2024 às 12:28

Digitalização e empreendedorismo na favela é debatido no South Summit

Athayde (d) anunciou o lançamento do F Bank, voltado aos moradores das favelas

Athayde (d) anunciou o lançamento do F Bank, voltado aos moradores das favelas

Maria Amélia Vargas/Especial/JC
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Maria Amélia Vargas
Maria Amélia Vargas Repórter
Um mercado que movimenta R$ 212 bilhões ao ano no Brasil, a favela não foi esquecida no South Summit. O primeiro painel da manhã de sexta-feira (22) tratou a inclusão financeira da base da pirâmide social.
Um mercado que movimenta R$ 212 bilhões ao ano no Brasil, a favela não foi esquecida no South Summit. O primeiro painel da manhã de sexta-feira (22) tratou a inclusão financeira da base da pirâmide social.

Na introdução, o presidente da Central Única das Favelas (Cufa), Preto Zezé, anunciou o lançamento do F Bank - instituição voltada às mais 17 milhões de pessoas que atualmente vivem nestas comunidades no País.
O banco só começará a funcionar, efetivamente, em setembro, mas segue afinando os detalhes da sua atuação. "Nada melhor do que um evento como esse, em que podemos debater o assunto com quem entende da técnica e quem vivencia esta realidade", afirma o presidente da entidade, referindo-se aos outros dois debatedores: o presidente do South Summit Brazil, José Renato Hopf e o CEO da Cufa, Celso Athayde.
Para Hopf, a iniciativa é um grande passo nesse processo porque atende a um público com necessidades próprias. "Não estamos falando de alguém que precisa de R$ 2 mil, mas de alguém que necessita de R$ 20 para se deslocar até o trabalho. Ou que precisa renovar equipamentos do seu salão de beleza. Coisas que só que está lá dentro sabe", observa o dirigente.
Segundo Athayde, o banco já inicia com possibilidade de abranger, pelo menos, as 5 mil favelas nas quais a Cufa está presente. " Isso significa que somos um ponto digital com milhares de gerentes. Além disso, essa conexão permitirá que nós nos associemos às grandes empresas, deixando de apenas mão de obra aos olhos delas", pontua.

Governo do RS e Cufa unem-se para criar o "Caldeira da Favela"

Em outro momento da programação, o fomento ao empreendedorismo na favela foi tema de debate. O painel mediado pela vice-presidente da Cufa Rio de Janeiro, Elaine Caccavo, aprofundou-se na questão do desenvolvimento socioeconômico desta população.

Entre as ações destacadas, o coordenador da Cufa no Estado, Roberto Torres Junior, abordou a parceria com a Secretaria de Inovação, Ciência Tecnologia para a criação do primeiro convênio com a entidade. "No próximo mês, teremos quatro hubs de favela no Rio Grande do Sul. Teremos o Caldeira da Favela. Esse é o exemplo de política pública que queremos", conta o gestor.
Ele salienta também que as inscrições para a segunda edição do Expofavela RS, que ocorre em julho, em PortoAlegre, estarão abertas a partir da próxima semana. A feira, que teve origem no centro do País, movimentou R$ 60 milhões no ano passado, envolvendo mais de 20 mil empreendedores em edições realizadas em mais de 17 Estados.

"Hoje já somos internacionais. Faremos nesse ano uma edição em Paris. O evento mostra a favela produzindo, a favela participando e fazendo negócio", afirma a vice-presidente da Cufa São Paulo, Geovana Borges.

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