A eleição da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), que ocorrerá no dia 21 de maio, terá mais de uma chapa concorrente. Além da candidatura do empresário Cláudio Bier, foi inscrita uma outra frente liderada pelo vice-presidente da Fiergs e diretor executivo do Laboratório Saúde, Thomaz Nunnenkamp.
A proposta de Nunnenkamp está fundamentada na modernização da federação, com base em três pilares gestão, governança e transparência. "A entidade não está mal, mas observamos que é preciso trazer novas lideranças, fazer a transição geracional da entidade. Para isso, precisamos de diretores experientes aliados a uma nominata jovem, com um novo mindset", diz o empresário.
Segundo ele, esse posicionamento não significa que a chapa se coloque como oposição da atual gestão, mas é um grupo que vê como essencial a promoção de mudanças. Entre elas, está a de tornar o modelo de gestão da federação mais descentralizado.
"Os poderes ainda estão extremamente centralizados na figura do presidente e isso não é culpa dos atuais gestores. É uma cultura de décadas. Precisamos avançar para um sistema mais moderno, porque, será cada vez mais difícil o industrial dedicar-se full time a uma entidade", explica.
A chapa de Nunnenkamp defende, portanto, uma participação mais ativa de sindicatos, diretoria e vice-presidentes nas decisões tomadas pela entidade. "É preciso estruturar uma governança, inclusive, de como se dará o posicionamento da casa. Se o diretor falando será suficiente, se será necessária uma votação ou se teremos uma decisão secreta, porque, muitas vezes, em situações de conflito, nem todos se sentem à vontade de expressar o que pensa", exemplifica.
Ele também vê necessidade de implementar mecanismos que garantam mais transparência em todos as áreas da federação. "Há ainda muitos diretores que não conhecem como a casa funciona, o que cada 'peça' faz e qual o seu propósito. Somos uma entidade muito grande, com um orçamento robusto. Por isso, é preciso ter essa visão para que possamos ter um planejamento a longo prazo", sustenta.
Sobre o cenário atual da indústria gaúcha e nacional, Nunnenkamp o vê com preocupação. "Vivemos um momento de tendência de perda de espaço e de protagonismo no PIB do País, o que é extremamente preocupante. Vejo a indústria como um ecossistema. Quando esse ecossistema começa a ter um menor número de ‘espécies’, ele fica mais frágil e suscetível a impactos, correndo o risco de chegarmos a um ponto irreversível. Isso seria uma catástrofe para o Brasil, pois um país com o tamanho e com a população como o nosso não consegue se desenvolver sem uma indústria forte”, analisa.
Nunnenkamp é diretor executivo do Laboratório Saúde, empresa familiar de mais de 65 anos do segmento farmacêutico, responsável pela fabricação de uma série de medicamentos. É formado em engenharia química e administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). É presidente do Sindifar/Sindicis e está envolvido em diferentes frentes e comissões da Fiergs desde 2002.
A proposta de Nunnenkamp está fundamentada na modernização da federação, com base em três pilares gestão, governança e transparência. "A entidade não está mal, mas observamos que é preciso trazer novas lideranças, fazer a transição geracional da entidade. Para isso, precisamos de diretores experientes aliados a uma nominata jovem, com um novo mindset", diz o empresário.
Segundo ele, esse posicionamento não significa que a chapa se coloque como oposição da atual gestão, mas é um grupo que vê como essencial a promoção de mudanças. Entre elas, está a de tornar o modelo de gestão da federação mais descentralizado.
"Os poderes ainda estão extremamente centralizados na figura do presidente e isso não é culpa dos atuais gestores. É uma cultura de décadas. Precisamos avançar para um sistema mais moderno, porque, será cada vez mais difícil o industrial dedicar-se full time a uma entidade", explica.
A chapa de Nunnenkamp defende, portanto, uma participação mais ativa de sindicatos, diretoria e vice-presidentes nas decisões tomadas pela entidade. "É preciso estruturar uma governança, inclusive, de como se dará o posicionamento da casa. Se o diretor falando será suficiente, se será necessária uma votação ou se teremos uma decisão secreta, porque, muitas vezes, em situações de conflito, nem todos se sentem à vontade de expressar o que pensa", exemplifica.
Ele também vê necessidade de implementar mecanismos que garantam mais transparência em todos as áreas da federação. "Há ainda muitos diretores que não conhecem como a casa funciona, o que cada 'peça' faz e qual o seu propósito. Somos uma entidade muito grande, com um orçamento robusto. Por isso, é preciso ter essa visão para que possamos ter um planejamento a longo prazo", sustenta.
Sobre o cenário atual da indústria gaúcha e nacional, Nunnenkamp o vê com preocupação. "Vivemos um momento de tendência de perda de espaço e de protagonismo no PIB do País, o que é extremamente preocupante. Vejo a indústria como um ecossistema. Quando esse ecossistema começa a ter um menor número de ‘espécies’, ele fica mais frágil e suscetível a impactos, correndo o risco de chegarmos a um ponto irreversível. Isso seria uma catástrofe para o Brasil, pois um país com o tamanho e com a população como o nosso não consegue se desenvolver sem uma indústria forte”, analisa.
Nunnenkamp é diretor executivo do Laboratório Saúde, empresa familiar de mais de 65 anos do segmento farmacêutico, responsável pela fabricação de uma série de medicamentos. É formado em engenharia química e administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). É presidente do Sindifar/Sindicis e está envolvido em diferentes frentes e comissões da Fiergs desde 2002.