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Publicada em 19 de Março de 2024 às 12:55

Braskem espera tênue recuperação do mercado petroquímico em 2024

Companhia não terá paradas de manutenção de plantas brasileiras neste ano

Companhia não terá paradas de manutenção de plantas brasileiras neste ano

Braskem/Divulgação/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
Depois de um difícil período para o setor petroquímico em 2023, a Braskem, principal empresa dessa área no Brasil, espera uma pequena evolução para 2024. A previsão é do CFO da companhia, Pedro Freitas, que reforça que o ano passado representou um ciclo de baixa do segmento que pode ser incluído entre os piores das últimas décadas.
Depois de um difícil período para o setor petroquímico em 2023, a Braskem, principal empresa dessa área no Brasil, espera uma pequena evolução para 2024. A previsão é do CFO da companhia, Pedro Freitas, que reforça que o ano passado representou um ciclo de baixa do segmento que pode ser incluído entre os piores das últimas décadas.
Entre os motivos que explicam o cenário turbulento de 2023, o executivo cita a desaceleração da economia mundial, principalmente da China, somada ao aumento da capacidade de produção petroquímica, também fundamentalmente na nação asiática, assim como nos Estados Unidos. Essa condição refletiu na taxa de ocupação das centrais petroquímicas da Braskem no Brasil, que caiu de 78%, em 2022, para 71%, no ano passado. Na planta do Polo de Triunfo, o indicador foi de 65%. Para 2024, apesar de preferir não estimar um percentual, Freitas projeta um crescimento dessa ocupação das unidades e acrescenta que não haverá paradas programadas nas centrais no País.
O resultado financeiro da empresa também comprova o momento atribulado do setor. Em 2023, o prejuízo da Braskem atingiu R$ 4,6 bilhões, contra R$ 336 milhões em 2022. Somente no último trimestre do ano passado, o revés foi de R$ 1,6 bilhão. Freitas reforça que a expectativa é de melhora para 2024, contudo nada exagerado. “A gente está vendo uma certa recuperação, mas não é aquela volta para um círculo de alta”, assinala o executivo.
A perspectiva para este ano, segundo o CFO da Braskem, é de um incremento de aproximadamente 7% no mercado brasileiro das principais resinas termoplásticas (polipropileno, polietileno e PVC). Freitas comentou nesta terça-feira (19) os resultados financeiros da companhia em coletiva online com a imprensa.
Na ocasião, ele também atualizou a situação de Maceió, onde a Braskem, devido à extração de sal gema, foi considerada a responsável pelo afundamento do solo em vários pontos da capital de Alagoas. Até 29 de fevereiro deste ano, o Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF) da empresa registrou a realocação de 99,6% dos moradores do mapa definido pela Defesa Civil de Maceió em 2020, sendo que a área de risco, conforme a companhia, está totalmente desocupada. Dos R$ 15,5 bilhões provisionados para a ação de mitigação de impactos, R$ 9,5 bilhões já foram desembolsados.
no Rio Grande do Sul, Freitas destaca que no ano passado a Braskem inaugurou a expansão do seu Centro de Tecnologia e Inovação no Polo Petroquímico de Triunfo. Além disso, concluiu a ampliação da planta gaúcha de polietileno verde (feito a partir do etanol oriundo da cana-de-açúcar), passando de uma capacidade de 200 mil toneladas anuais da resina renovável para 260 mil toneladas ao ano.

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