Depois de consecutivamente nos últimos anos (desde 2019) ter figurado na pior colocação no ranking de qualidade de atendimento realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a CEEE Equatorial deixou essa posição no levantamento publicado nesta sexta-feira (15) e relativo ao desempenho em 2023 das distribuidoras analisadas. No entanto, o progresso foi tímido: um avanço para o penúltimo lugar, superando apenas a Equatorial Goiás, empresa também pertencente ao grupo controlador da concessionária gaúcha, privatizada em 2021.
A CEEE Equatorial foi avaliada pela Aneel dentro do conjunto das distribuidoras de grande porte (com mais de 400 mil unidades consumidoras em sua área de abrangência), formado por 29 companhias. A outra empresa gaúcha desse grupo de concessionárias foi a RGE, que ficou na nona posição, empatada com a CPFL Piratininga. A RGE, inclusive, foi a distribuidora que mais evoluiu no ano passado, com um avanço de 10 posições em relação a 2022.
Das empresas de grande porte, a campeã foi a paulista Companhia Jaguari de Energia (CPFL Santa Cruz), seguida pela paraense Equatorial Pará Distribuidora de Energia (Equatorial PA) em segundo e duas distribuidoras empatadas em terceiro, a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) e a paulistas Energisa Sul-Sudeste – Distribuidora de Energia (ESS). Já em relação às companhias com até 400 mil consumidores, a campeã foi a Empresa Força e Luz João Cesa (SC), em segundo ficou a Energisa Borborema – Distribuidora de Energia (PB) e a gaúcha Muxfeldt Marin e Cia, a Mux Energia, em terceiro.
O ranking da Aneel é estabelecido através do Desempenho Global de Continuidade (DGC) das empresas. Trata-se da média aritmética de dois indicadores: Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) e Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC). O primeiro diz respeito ao tempo que cada unidade consumidora ficou sem energia elétrica e o segundo quanto ao número de interrupções ocorridas no período de observação. Quanto menor o DGC, melhor é a avaliação da empresa. Por exemplo, enquanto a CEEE Equatorial ficou com um DGC de 1,63, a RGE registrou 0,69, menos que o dobro.
De uma maneira geral, a Aneel calcula que, em média, os consumidores brasileiros ficaram 10,43 horas em média sem energia (DEC) em 2023, o que representa uma redução de 6,9% em relação ao ano anterior, quando se registrou 11,20 horas em média. A frequência (FEC) das interrupções se manteve em trajetória decrescente, reduzindo de 5,47 interrupções em 2022 para 5,24 interrupções em média por consumidor no ano passado, o que significa uma melhora de 4,2% no período. Mesmo assim, o valor das compensações de continuidade pagas aos clientes registrou aumento, passando de R$ 765 milhões, em 2022, para R$ 1,080 bilhão em 2023.
Ranking das concessionárias de energia de grande porte (mais de 400 mil unidades consumidoras):
*Quanto menor o Desempenho Global de Continuidade (DGC), melhor a avaliação a empresa.
Ranking das concessionárias de energia de grande porte (mais de 400 mil unidades consumidoras):
*Quanto menor o Desempenho Global de Continuidade (DGC), melhor a avaliação a empresa.
1º CPFL Santa Cruz – DGC: 0,56
2º Equatorial PA – DGC: 0,60
3º Cosern – DGC: 0,62
4º ESS – DGC: 0,62
5º ETO – DGC: 0,64
5º EDP ES – DGC: 0,64
5º EPB – DGC: 0,64
8º EMR – DGC: 0,68
9º CPFL Piratininga – DGC: 0,69
9º RGE – DGC: 0,69
11º EMT – DGC: 0,70
12º EDP ES – DGC: 0,71
13º CPFL Paulista – DGC: 0,72
13º EMS – DGC: 0,72
15º ESSE – DGC: 0,77
15º Coelba – DGC: 0,77
17º Light – DGC: 0,78
18º Celpe – DGC: 0,80
18º Elektro – DGC: 0,80
18º Enel CE – DGC: 0,80
21º Enel SP – DGC:0,82
21º Enel RJ – DGC: 0,82
21º Equatorial MA – DGC: 0,82
24º Celesc – DGC: 0,83
25º Copel – DGC: 0,86
26º Cemig – DGC: 0,91
27º Neoenergia Brasília – DGC: 0,96
28º CEEE Equatorial – DGC: 1,63
29º Equatorial GO – DGC: 1,66
Fonte: Aneel.
2º Equatorial PA – DGC: 0,60
3º Cosern – DGC: 0,62
4º ESS – DGC: 0,62
5º ETO – DGC: 0,64
5º EDP ES – DGC: 0,64
5º EPB – DGC: 0,64
8º EMR – DGC: 0,68
9º CPFL Piratininga – DGC: 0,69
9º RGE – DGC: 0,69
11º EMT – DGC: 0,70
12º EDP ES – DGC: 0,71
13º CPFL Paulista – DGC: 0,72
13º EMS – DGC: 0,72
15º ESSE – DGC: 0,77
15º Coelba – DGC: 0,77
17º Light – DGC: 0,78
18º Celpe – DGC: 0,80
18º Elektro – DGC: 0,80
18º Enel CE – DGC: 0,80
21º Enel SP – DGC:0,82
21º Enel RJ – DGC: 0,82
21º Equatorial MA – DGC: 0,82
24º Celesc – DGC: 0,83
25º Copel – DGC: 0,86
26º Cemig – DGC: 0,91
27º Neoenergia Brasília – DGC: 0,96
28º CEEE Equatorial – DGC: 1,63
29º Equatorial GO – DGC: 1,66
Fonte: Aneel.