Governo continua aberto à negociação em relação à desoneração, afirma Padilha

O Executivo enviou, no ano passado, uma medida provisória para reonerar as folhas de pagamentos de 17 setores da economia beneficiados com redução de custos trabalhistas

Por Agência Estado

Alexandre Padilha
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta terça-feira, 20, que o governo está aberto a negociar a desoneração da folha de pagamentos. Também afirmou que ainda não foi descartado o envio de um projeto de lei sobre o assunto para substituir a medida provisória já editada.Padilha deu a declaração no Palácio do Planalto depois de reunião com ministros, representantes do governo no Congresso e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a agenda do governo no Legislativo em 2024.O Executivo enviou, no ano passado, uma medida provisória para reonerar as folhas de pagamentos de 17 setores da economia beneficiados com redução de custos trabalhistas. A medida, porém, não foi bem recebida pelo Congresso e corre o risco de não ser aprovada.A reoneração é parte do plano do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação do governo e colocar as contas públicas em dia.Na segunda-feira, 19, Haddad disse a jornalistas que, além da reunião sobre a pauta do governo no Congresso, depois da qual Padilha deu entrevista, ainda haveria nesta terça uma conversa com o presidente sobre a reoneração da folha.De acordo com a agenda de Lula, o chefe do governo e Haddad terão uma reunião a sós às 16 horas nesta terça.Padilha falou ao lado do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, que ficou em silêncio durante a entrevista a jornalistas. Estavam presentes na reunião, de acordo com a agenda de Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin; os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad, Márcio Macêdo (Secretaria Geral), Alexandre Padilha (Secretaria Geral) e Paulo Pimenta (Secom); os líderes do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, na Câmara, José Guimarães, e no Senado, Jaques Wagner. Além deles, o chefe de gabinete de Lula, Marco Aurélio Marcola.

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