Enquanto a obra de dragagem do canal de acesso ao porto de Rio Grande foi recentemente concluída, a mesma ação na hidrovia interior do Rio Grande do Sul, cuja expectativa era de ser terminada ainda neste verão, acabará postergada. O presidente da Portos RS (empresa pública responsável por administrar o sistema hidroportuário no Rio Grande do Sul), Cristiano Klinger, projeta que o serviço será finalizado antes do próximo verão, pelo menos uma primeira etapa.
Enquanto a obra de dragagem do canal de acesso ao porto de Rio Grande foi recentemente concluída, a mesma ação na hidrovia interior do Rio Grande do Sul, cuja expectativa era de ser terminada ainda neste verão, acabará postergada. O presidente da Portos RS (empresa pública responsável por administrar o sistema hidroportuário no Rio Grande do Sul), Cristiano Klinger, projeta que o serviço será finalizado antes do próximo verão, pelo menos uma primeira etapa.
De acordo com o dirigente, as enchentes que aconteceram no Estado obrigaram a
reavaliar a batimetria (medição) feita nos canais da hidrovia (como na Lagoa dos Patos, Guaíba e Delta do Jacuí) e isso acabou atrasando o empreendimento. “Estamos ajustando o trâmite do recurso financeiro para a gente poder executar a licitação da obra”, salienta Klinger.
O presidente da Portos RS detalha que o custo da primeira fase dos trabalhos é estimado atualmente em R$ 77 milhões e seriam necessários cerca de oito meses de execução dos serviços, que devem começar ainda neste ano. Essa medida inicial contemplará a dragagem dos principais canais da hidrovia. Já na segunda etapa é previsto um aporte de cerca de R$ 100 milhões, sem um prazo definido para conclusão.
O dirigente espera que o atraso da dragagem não prejudique a movimentação na hidrovia gaúcha, que atualmente está na faixa de 6 milhões a 7 milhões de toneladas de cargas ao ano. “Hoje, em grande parte, o transporte é feito por barcaças, que não requerem uma profundidade maior que já se tem, mas obviamente fazendo a dragagem traz uma maior segurança para a operação”, assinala o presidente da Portos RS.
Klinger participou nesta quarta-feira (14) de reunião com o governador Eduardo Leite, no Palácio Piratini, em Porto Alegre. No encontro, além dos planejamentos e estratégias para 2024, foi apresentado o desempenho dos complexos portuários gaúchos no ano passado. Os portos de Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre registraram em 2023 um crescimento na movimentação de cargas, em relação a 2022, de aproximadamente 14,5%, com um resultado de cerca de 44,8 milhões de toneladas. Somente Rio Grande foi responsável por em torno de 42,7 milhões de toneladas, um incremento de cerca de 15%. Já o porto de Pelotas teve uma movimentação de 1,2 milhão de toneladas, alta de 6%, e o da capital gaúcha de 800 mil toneladas, elevação de 2,65%. Conforme Klinger, o bom desempenho foi impulsionado pelas cargas agrícolas, principalmente pela soja.
No campo de leilões de terrenos portuários, o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, adianta que haverá áreas a serem colocadas em disputa neste ano nos complexos de Porto Alegre e Rio Grande. Um desses espaços, que já foi oferecido em certame, contudo na ocasião não apresentou interessados, deverá ser o do terminal da Cesa, na Capital. Ainda em Porto Alegre, o temporal de janeiro fez com que a estrutura de um armazém do Cais Navegantes, situado na entrada da cidade, caísse. O dirigente comenta que já foi aberto o processo de recuperação dessa edificação.