Nova política industrial precisa alcançar o 'chão da fábrica', defende Abiplast

A medida foi anunciada no final de janeiro pelo governo e prevê incentivos para fomentar os setores industriais

Por Agência Estado

This photograph taken on June 8, 2023, shows the production chain for water bottles at the Dilo water bottling plant in Montsinery Tonnegrande, in the French overseas territory of French Guiana. - The Dilo water bottling plant was founded by former French football player Bernard Lama. (Photo by jody amiet / AFP)
A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) destacou a importância da Nova Política Industrial para fomentar o desenvolvimento da manufatura no País. A medida foi anunciada no final de janeiro pelo governo e prevê incentivos para fomentar os setores industriais, como o segmento químico, automotivo, de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias, entre outros.Um dos pontos destacados pela entidade como positivo diz respeito à política de depreciação acelerada, que traz incentivos para a renovação de maquinários em dois anos, ante dez. "A depreciação acelerada que há anos era esperada, assim como metas claras e, sobretudo transparente, podem nos encaminhar para o avanço sobremaneira de nossa produtividade e competitividade", informou em nota.O presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz, disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que o setor de plástico vai aproveitar a oportunidade oferecida pelo governo para redobrar os esforços com foco no aumento da competitividade dos produtos nacionais. Quanto aos desafios, o executivo mencionou que é importante o desenvolvimento de metas de curto, médio e longo prazos em conjunto com políticas de governança capazes de monitorar a efetividade dos incentivos."Em termos de desafios, é fazer com que os programas e incentivos realmente cheguem no chão da fábrica e impactem na produtividade e competitividade da indústria", afirmou Roriz.O representante da indústria produtora de plástico também destacou a renovação do Reiq (Regime Especial da Indústria Química), que atinge diretamente o setor químico, mas também beneficia de forma indireta o segmento de plásticos.Em meio ao retorno do incentivo industrial, o porta-voz da Abiplast defende a criação de um "Reiq" para a reciclagem, que teria a sigla adaptada para "Reic" (Regime especial para a indústria de reciclagem de plásticos). O objetivo da medida, segundo Roriz, é fomentar a atividade de reciclagem e criar uma identidade tributária para produtos reciclados. O executivo também defende a instituição de créditos presumidos de impostos de forma a combater a bitributação dos reciclados."A depreciação acelerada também resultará em incentivo para investir em uma indústria que já vem com fortes investimentos previstos, de R$ 42,3 bilhões nos próximos quatro anos, considerando essas necessidades de adequações e desenvolvimento de novos produtos com critérios de circularidade, investimentos em reciclagem (mecânica e química), logística reversa e novos materiais", encerrou o executivo.

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