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Publicada em 19 de Fevereiro de 2024 às 17:23

Ipea: Alimentos elevam inflação da baixa renda em janeiro, passagem aérea alivia de mais ricos

Principal foco inflacionário para as classes de rendas mais baixas partiu do encarecimento dos alimentos para consumo no domicílio

Principal foco inflacionário para as classes de rendas mais baixas partiu do encarecimento dos alimentos para consumo no domicílio

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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A alta nos preços dos alimentos em janeiro pressionou mais a inflação percebida pelas famílias de baixa renda, enquanto a queda nas tarifas aéreas aliviou os mais ricos, informou nesta segunda-feira (19), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostra que a inflação acelerou de um aumento de 0,61% em dezembro para uma alta de 0,66% em janeiro para o segmento familiar de renda muito baixa. Para o grupo de renda alta houve desaceleração, de uma elevação de 0,62% em dezembro para aumento de 0,04% em janeiro."Em termos absolutos, as maiores taxas de inflação no mês foram registradas nos segmentos de renda muito baixa (0,66%) e renda baixa (0,59%), refletindo, sobretudo, a alta nos preços dos alimentos. Em contrapartida, o segmento de renda alta foi o que apresentou a menor taxa de inflação no período (0,04%), beneficiada especialmente pela queda dos preços das passagens aéreas", ressaltou Maria Andreia Parente Lameiras, técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea, na Carta de Conjuntura divulgada pelo instituto.Em janeiro, o principal foco inflacionário para as classes de rendas mais baixas partiu do encarecimento dos alimentos para consumo no domicílio, com destaque para os aumentos nos cereais (6,8%), tubérculos (11,1%), frutas (5,1%) e óleos e gorduras (2,1%). O Ipea lembra que o gasto mensal das famílias com alimentos pesa mais no orçamento dos mais pobres do que dos mais ricos. O grupo saúde e cuidados pessoais também pressionou a inflação das classes de renda mais baixas em janeiro, devido aos reajustes de 0,70% dos produtos farmacêuticos e de 0,94% dos produtos de higiene pessoal.No caso das famílias de renda alta, além da queda de 15,2% dos preços das passagens aéreas, houve recuo de 10,2% nas tarifas de transporte por aplicativo, resultando em um alívio inflacionário para os mais ricos.Com o resultado de janeiro, a inflação acumulada em 12 meses foi de 5,67% na faixa de renda alta e de 3,47% na faixa de renda muito baixa.O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e usado pelo Ipea para fazer o cálculo da inflação por faixa de renda, desacelerou de uma elevação de 0,56% em dezembro para alta de 0,42% em janeiro. A taxa acumulada em 12 meses ficou em 4,51% em janeiro.O indicador do Ipea separa por seis faixas de renda familiar as variações de preços medidas pelo IPCA. Os grupos vão desde uma renda familiar menor que R$ 2.105,99 por mês, no caso da faixa com renda muito baixa, até uma renda mensal familiar acima de R$ 21.059,92, no caso da renda mais alta.
A alta nos preços dos alimentos em janeiro pressionou mais a inflação percebida pelas famílias de baixa renda, enquanto a queda nas tarifas aéreas aliviou os mais ricos, informou nesta segunda-feira (19), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostra que a inflação acelerou de um aumento de 0,61% em dezembro para uma alta de 0,66% em janeiro para o segmento familiar de renda muito baixa. Para o grupo de renda alta houve desaceleração, de uma elevação de 0,62% em dezembro para aumento de 0,04% em janeiro.

"Em termos absolutos, as maiores taxas de inflação no mês foram registradas nos segmentos de renda muito baixa (0,66%) e renda baixa (0,59%), refletindo, sobretudo, a alta nos preços dos alimentos. Em contrapartida, o segmento de renda alta foi o que apresentou a menor taxa de inflação no período (0,04%), beneficiada especialmente pela queda dos preços das passagens aéreas", ressaltou Maria Andreia Parente Lameiras, técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea, na Carta de Conjuntura divulgada pelo instituto.

Em janeiro, o principal foco inflacionário para as classes de rendas mais baixas partiu do encarecimento dos alimentos para consumo no domicílio, com destaque para os aumentos nos cereais (6,8%), tubérculos (11,1%), frutas (5,1%) e óleos e gorduras (2,1%). O Ipea lembra que o gasto mensal das famílias com alimentos pesa mais no orçamento dos mais pobres do que dos mais ricos. O grupo saúde e cuidados pessoais também pressionou a inflação das classes de renda mais baixas em janeiro, devido aos reajustes de 0,70% dos produtos farmacêuticos e de 0,94% dos produtos de higiene pessoal.

No caso das famílias de renda alta, além da queda de 15,2% dos preços das passagens aéreas, houve recuo de 10,2% nas tarifas de transporte por aplicativo, resultando em um alívio inflacionário para os mais ricos.

Com o resultado de janeiro, a inflação acumulada em 12 meses foi de 5,67% na faixa de renda alta e de 3,47% na faixa de renda muito baixa.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e usado pelo Ipea para fazer o cálculo da inflação por faixa de renda, desacelerou de uma elevação de 0,56% em dezembro para alta de 0,42% em janeiro. A taxa acumulada em 12 meses ficou em 4,51% em janeiro.

O indicador do Ipea separa por seis faixas de renda familiar as variações de preços medidas pelo IPCA. Os grupos vão desde uma renda familiar menor que R$ 2.105,99 por mês, no caso da faixa com renda muito baixa, até uma renda mensal familiar acima de R$ 21.059,92, no caso da renda mais alta.

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