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Publicada em 16 de Fevereiro de 2024 às 18:33

ONS indica novas licitações de subestações de energia no RS

Empreendimentos de transmissão aumentam segurança no atendimento ao consumidor

Empreendimentos de transmissão aumentam segurança no atendimento ao consumidor

JONATHAN HECKLER/ARQUIVO/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
Para o segundo semestre deste ano, a perspectiva é que sejam licitadas duas novas subestações de energia no Rio Grande do Sul: Ivoti 2 e São Sebastião do Caí 2, assim como linhas de transmissão associadas a esses empreendimentos. Os complexos agregarão maior confiabilidade no atendimento às cargas elétricas da região do Vale dos Sinos.
Para o segundo semestre deste ano, a perspectiva é que sejam licitadas duas novas subestações de energia no Rio Grande do Sul: Ivoti 2 e São Sebastião do Caí 2, assim como linhas de transmissão associadas a esses empreendimentos. Os complexos agregarão maior confiabilidade no atendimento às cargas elétricas da região do Vale dos Sinos.

As iniciativas constam no Sumário Executivo do Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do Sistema Interligado Nacional - PAR/PEL 2023 para o horizonte de 2024 a 2028. O documento, elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), aponta sugestões de medidas operacionais a serem adotadas, como obras de ampliações, reforços, e melhorias, para se ter um bom fornecimento de energia no País.
Segundo o levantamento, outras importantes obras estão em estágio avançado de implantação no Estado para a entrada em operação ao longo de 2024. Entre os destaques estão as subestações Caxias Norte e Charqueadas 3, mais as linhas de transmissão vinculadas a essas estruturas. Os complexos deverão equacionar restrições de geração de usinas instaladas no Norte e na Serra do Rio Grande do Sul, risco de corte de carga no entorno de Caxias do Sul e problemas de tensão e sobrecarga em contingências na área metropolitana de Porto Alegre.
O diretor da Siclo Consultoria em Energia Plinio Milano considera como essencial o reforço no sistema de transmissão nesses locais. “São regiões que continuam crescendo e, somado ao aumento populacional, também têm uma maior atividade industrial”, enfatiza Milano. Além disso, ele lembra que está ocorrendo o incremento da geração distribuída (em que o consumidor produz sua própria energia) com a operação dos sistemas solares fotovoltaicos. E essa prática demanda mais da infraestrutura de transmissão.
O trabalho feito pelo ONS ainda salienta que pesquisa da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), instituição que presta serviços para o Ministério de Minas e Energia, recomenda a implantação de mais duas novas subestações no Rio Grande do Sul. O consultor técnico da diretoria de Estudo de Energia Elétrica da EPE, Daniel José Tavares de Souza, confirma que foi identificada a necessidade de expansão da rede de transmissão e que foram sugeridas duas novas subestações nas regiões de Dom Pedrito e São Lourenço do Sul. “De modo a eliminar possíveis restrições elétricas em situações de contingências na rede e garantir maior robustez no atendimento ao sistema local”, detalha Souza.

EPE concluirá trabalho sobre potencial de geração no Estado em junho

Está prevista para junho deste ano a finalização do “Estudo prospectivo do potencial de geração no RS e atendimento à região Sul do Estado”. A iniciativa está sendo conduzida pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e tem como meta propor soluções estruturais de transmissão que permitam suprir o crescimento da demanda e garantir a confiabilidade do sistema elétrico da região Sul gaúcha.
O consultor técnico da diretoria de Estudo de Energia Elétrica da EPE, Daniel José Tavares de Souza, acrescenta que, além do atendimento à carga das distribuidoras locais, o levantamento também tem como objetivo avaliar as condições do sistema com relação à capacidade de escoamento do potencial de geração eólica mapeado para a região. Ele frisa que, quanto à capacidade de escoamento de geração potencial eólica, a EPE vem realizando um mapeamento com os empreendedores do setor e com o Sindicato das Indústrias de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), no sentido de acompanhar os processos de conexão e contratação de novas plantas eólicas, assim como visualizar a evolução e grau de maturidade dos projetos.

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