Após o temporal que atingiu o Rio Grande do Sul na terça-feira (16), a população segue enfrentando os danos causados como perdas materiais, falta de luz, água e internet. Em um cenário difícil para todos, sem energia em casa e com o risco de perder alimentos refrigerados, o setor de bares e restaurantes sente ainda mais esse problema. De portas fechadas e congeladores desligados, os empresários calculam os custos dos dias parados e vivem a incerteza de quando vai normalizar o abastecimento. João Melo, presidente da Associação de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel no RS), estima perda de 3% de faturamento a cada dia que um estabelecimento não pode funcionar.
Após o temporal que atingiu o Rio Grande do Sul na terça-feira (16), a população segue enfrentando os danos causados como perdas materiais, falta de luz, água e internet. Em um cenário difícil para todos, sem energia em casa e com o risco de perder alimentos refrigerados, o setor de bares e restaurantes sente ainda mais esse problema. De portas fechadas e congeladores desligados, os empresários calculam os custos dos dias parados e vivem a incerteza de quando vai normalizar o abastecimento. João Melo, presidente da Associação de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel no RS), estima perda de 3% de faturamento a cada dia que um estabelecimento não pode funcionar.
"Além de tirar o público das ruas, as consequências do temporal são os prejuízos por não poder abrir pela falta de energia, o desperdício de alimentos que precisam de refrigeração e a possibilidade de danificar algum equipamento pelas quedas de luz", explica João Melo. "É fundamental maior esforço para atender pequenos negócios, é um rombo financeiro que vai endividando mais as empresas que buscam a recuperação econômica", completa.
O 4 Beer, do Caio Di Santi, ficou sem energia na quarta-feira (17) e só abriu 3 de suas 7 filiais em Porto Alegre. O empresário relata perda de mercadorias e danos de 60 mil reais sem poder operar normalmente todas as unidades. Para reduzir os prejuízos, Caio tentou remanejar insumos entre as lojas que tinham luz e contou com a solidariedade das pessoas nesse momento sensível.
"Ontem um cliente que trabalha em uma construtora ofereceu ajuda. Falei que o telhado precisava de conserto e ele mandou uma equipe para fazer o reparo. Também contatei um parceiro que cedeu a câmara fria para conservação de alimentos", conta Caio Di Santi.
Veridiane Fidelis, do Gracejo, que tem uma unidade na Venâncio Aires e outra no 4º distrito, teve prejuízo com mercadorias como carne e estima que os dias parados custarão 20 mil reias.
No Komka, a previsão para retornar de férias coletivas era quarta, mas não foi possível devido à falta de energia. Com o retorno da luz na quinta (18), o estabelecimento abriu as portas e pode iniciar suas atividades em 2024. O prejuízo ficou pelo dia que não houve faturamento. A conservação dos insumos foi feita através de geradores movidos à diesel, adquiridos pelo proprietário Deko Komka em outro temporal que atingiu Porto Alegre em novembro do ano passado.
"Quando percebi muitas árvores caídas pela cidade, entrei em contato com empresas que alugam geradores maiores, na intenção de abrir. Mas como os valores eram muito altos, não foi possível o investimento, ainda mais voltando da pandemia. Em outra chuva forte, perdi 15 mil reais de mercadoria. Esse episódio nos fez ligar o alerta e buscar um equipamento para manter as câmaras frias funcionando", sublinha Deko Komka.