A construção e o início de operação da planta de torres eólicas de concreto da empresa Goldwind no Rio Grande do Sul estão previstos para ocorrer este ano ainda. A realização do empreendimento foi confirmada pelo diretor da Integra Energia, João Ramis. A companhia gaúcha possui um memorando de intenções de colaboração mútua com a chinesa Goldwind.
A construção e o início de operação da planta de torres eólicas de concreto da empresa Goldwind no Rio Grande do Sul estão previstos para ocorrer este ano ainda. A realização do empreendimento foi confirmada pelo diretor da Integra Energia, João Ramis. A companhia gaúcha possui um memorando de intenções de colaboração mútua com a chinesa Goldwind.
Ramis detalha que as torres que serão produzidas no Estado terão 160 metros de altura, o que permite o uso de aerogeradores mais potentes, tornando mais competitiva a geração de energia eólica. Para fazer uma dessas estruturas, o diretor da Integra Energia informa que são necessários em torno de 800 metros cúbicos de concreto. “São cem carretas de concreto”, enfatiza.
O investimento na planta ainda não foi revelado e o município que sediará a unidade segue em aberto, porém Ramis assinala que a fábrica deverá ficar situada na região das cidades de Candiota, Bagé e Hulha Negra. Além da disponibilidade da oferta de cimento, outro atrativo daquela localidade é o seu potencial de geração eólica.
De acordo com Ramis, deverão ser criados em torno de 300 empregos diretos com a operação da unidade, sem contar os postos de trabalho indiretos. Ele ressalta que o empreendimento também ajudará nos planos de transição energética da região, que tem hoje sua economia muito dependente das usinas termelétricas a carvão (Pampa Sul e Candiota 3).
O diretor da Integra Energia afirma que, após a conclusão da unidade de torres, a Goldwind planeja a implantação de uma fábrica de aerogeradores no Rio Grande do Sul. No ano passado, a empresa chinesa já havia anunciado a operação de uma planta de aerogeradores em Camaçari, na Bahia, que deve entrar em funcionamento neste primeiro semestre de 2024.
Ainda no campo da energia eólica, Ramis informa que nesta segunda-feira haverá uma reunião no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), com empreendedores do setor e representantes dessa pasta, para discutir uma resolução que onera aerogeradores e componentes eólicos importados. Ele argumenta que seria saudável estabelecer um período de transição para essa taxação, para não criar uma insegurança jurídica no segmento.
A Integra Energia também está envolvida com o projeto de instalação do
parque eólico na Serra do Caverá, no município de Rosário do Sul. A companhia entrou com o pedido de licenciamento na
Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e Ramis espera que nesse ano seja possível obter a licença prévia do empreendimento. A usina terá cerca de 250 MW de potência (o que equivale em torno de 14% da capacidade instalada de energia eólica no Rio Grande do Sul) e acarretará um investimento de cerca de R$ 1,5 bilhão.