As exportações brasileiras de carne de frango fecharam o ano acumulando altas de 6,6% em relação ao total exportado em 2022, com 4,822 milhões de toneladas, incluindo in natura e ultraprocessados. As informações são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O único estado entre os maiores exportadores que teve retração foi o Rio Grande do Sul, fechando o ano como terceiro maior exportador. O cenário foi impulsionado principalmente pela demanda gerada pela Influenza Aviária, além da confiança externa, capacidade de crescimento e competitividade do Brasil.
As exportações brasileiras de carne de frango fecharam o ano acumulando altas de 6,6% em relação ao total exportado em 2022, com 4,822 milhões de toneladas, incluindo in natura e ultraprocessados. As informações são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O único estado entre os maiores exportadores que teve retração foi o Rio Grande do Sul, fechando o ano como terceiro maior exportador. O cenário foi impulsionado principalmente pela demanda gerada pela Influenza Aviária, além da confiança externa, capacidade de crescimento e competitividade do Brasil.
Na região Sul o Rio Grande do Sul teve retração de 2,13%, destoando do cenário na região. Os maiores exportadores do ano foram Santa Catarina, com 1,103 milhão de toneladas e um aumento de 8,48%, e o Paraná, com 2,087 milhões de toneladas, aumento de 9,69%, sendo o maior exportador de frango no país. Mesmo com a retração, o Rio Grande do Sul ainda figura entre os três maiores exportadores com 739 mil toneladas, seguido por São Paulo, com 292,6 mil toneladas e alta de 6,32%, e Goiás, com 236,8 mil toneladas e melhora de 21,3%
A alta do ano, em receita, foi de 0,4%, com total de US$ 9,796 bilhões acumulados nos 12 meses de 2023, contra US$ 9,762 bilhões no mesmo período de 2022.
Para o presidente da ABPA, Ricardo Santin, essa alta vem da confiança do cenário exterior no Brasil, que se deve ao país ser o maior exportador mundial, que possui cerca de 38% da quota de mercado global.
Também contribuiu para esse aumento, os recentes surtos de gripe aviária no mundo. "Infelizmente, para alguns países, a influenza aviária volta a recrudescer", explica. A partir disso, o País foi chamado para complementar a produção de vários locais. Por causa da doença, o exterior diminuiu sua produção e ímpeto de crescimento, que ajudou o Brasil a manter a posição de maior exportador. Além disso, Santin também cita a capacidade de crescimento e competitividade nacionais nesse ano.
Somente em dezembro, foram exportados 467,2 mil toneladas de carne de frango no período, número 20,9% superior ao registrado no mesmo mês em 2022, com 386,3 mil toneladas. Foi o segundo maior volume embarcado em um único mês na história do setor, superado apenas pelas 514,6 mil toneladas exportadas no mês de março de 2023.
Porém, Santin chama atenção para o fato de dezembro ser considerado uma situação “pontual”. Houve o aumento generalizado da importação mundial, principalmente do Japão, chegando a ultrapassar a China, que usualmente é a maior compradora. Mesmo assim, a receita gerada nesse mês somou US$ 818,9 milhões, número apenas 4,3% maior que os US$ 785 milhões obtidos no mesmo período de 2022.
O Japão teve 55,9 mil toneladas importadas, volume 53,9% maior que o total registrado no mesmo período de 2022, seguido pela China, 50,3 mil toneladas, com aumento de 8,5%. Logo depois vêm os Emirados Árabes Unidos, com 44,3 mil toneladas e 27% de alta, a Arábia Saudita com 39,5 mil toneladas e alta de 56,3%, e a África do Sul com 31,2 mil toneladas acumulando 10,8%. “Todos os grandes compradores do Brasil mantiveram níveis bons de importação, e muitos deles cresceram em seus volumes”, explica o presidente.
Desafios
Os maiores desafios no ano, para Santin, foram a grande variação de custos de produção que ocorreram no segundo trimestre do ano de 2023, pelo aumento de custo do milho, soja, energia elétrica, embalagens e inflação.
Para o presidente da ABPA, o cenário deve se consolidar de forma mais estável de 2024. “A gente vê que vai ter custos, principalmente de milho, um pouco mais caros, mas não são números absurdos que vão inviabilizar a produção”, explica ele, destacando também que esses custos vão manter a sustentabilidade para o setor.