Uma reunião entre o prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon, e o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (Sinmgra), na manhã desta sexta-feira (26), reforçou a intenção de atrair para o município gaúcho parte dos R$ 7 bilhões anunciados pela General Motors (GM) para o Brasil até 2028. Gravataí é sede de uma das fábricas da montadora no País.
"O prefeito está junto nessa empreitada", disse o diretor de Assuntos Administrativos do sindicato, Valcir Ascari. Na visão dele, não há possibilidade de a fábrica gaúcha não receber parte dos recursos. "É um trabalho conjunto pela cidade. Foi uma conversa boa porque é importante que o agente público se coloque na discussão. Estamos somando forças. É bom para o município, mas também para o Estado e para os trabalhadores", afirmou.
Ascari acredita, ainda, que é possível que a montadora já saiba onde e quanto irá investir. "Está nos chamando para uma reunião, então, já deve ter um plano." Na semana que vem, o diretor do sindicato se reúne com Luis Mesa, vice-presidente de Manufatura da GM para América Latina. O executivo já foi diretor de planta e também do complexo automotivo de Gravataí. "Já trabalhou aqui com a gente", ressaltou.
Ascari reforçou, ainda, que a fábrica em Gravataí está há anos enfrentando férias coletivas e 'day off'. "Desde a a pandemia de Covid-19 tem sido assim. Não trabalhamos com a possibilidade de parte dos investimentos não vir para cá", disse. Ele destaca que a unidade de Gravataí pode fabricar carros elétricos e híbridos. O prefeito Zaffalon disse nesta quinta-feira (25) que está disponível para colaborar no que for possível para atrair os investimentos e ressaltou que metade da receita do município é proveniente da fábrica da GM.
Questionada pela reportagem sobre quanto seria investido em Gravataí, a assessoria de comunicação da GM afirmou que as informações disponíveis dizem respeito somente ao montante total de investimento no País e que não serão divulgados, no momento, os valores de cada complexo industrial. Mais detalhes devem ser revelados nos próximos meses.
Em 2017, última vez em que houve outro grande ciclo de investimentos da General Motors no Brasil, o complexo de Gravataí recebeu um aporte de R$ 1,4 bilhão. O investimento foi feito para introduzir um novo modelo do carro Onix.
No anúncio feito pela empresa na quarta-feira (24), o objetivo será adequar as fábricas instaladas no País para a produção de novos veículos, incluindo automóveis híbridos flex – capazes de rodar com eletricidade, etanol e gasolina. O anúncio foi feito por Shilpan Amin, presidente da General Motors International.
Entretanto, a marca ainda não confirmou a produção de um modelo 100% elétrico no Brasil. O executivo se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Executivos da GM disseram que o encontro foi positivo, e que a empresa vai contribuir com o programa de reindustrialização do País.
Em 2023, a GM atingiu a marca histórica de 4,5 milhões de carros produzidos em Gravataí. Além da fábrica da GM, o complexo em Gravataí conta ainda com outras 13 sistemistas que formam ainda hoje a unidade mais moderna da montadora no mundo, com cerca de cinco mil trabalhadores diretamente beneficiados, e até quatro vezes este volume em empregos indiretos.
Em 2023, a GM atingiu a marca histórica de 4,5 milhões de carros produzidos em Gravataí. Além da fábrica da GM, o complexo em Gravataí conta ainda com outras 13 sistemistas que formam ainda hoje a unidade mais moderna da montadora no mundo, com cerca de cinco mil trabalhadores diretamente beneficiados, e até quatro vezes este volume em empregos indiretos.