Tecnologias mais intuitivas para as pessoas utilizarem, 'humanas por princípio', devem inaugurar uma nova era de produtividade e criatividade sem precedentes.
À medida em que as tecnologias centradas no ser humano exercem capacidades ainda maiores, e tornam-se mais integradas em todos os aspectos das nossas vidas, caminharemos na direção de um mundo onde a tecnologia que nos rodeia se tornará mais onipresente, mas também mais invisível. Esses são alguns dos insights de uma nova pesquisa da Accenture: Technology Vision 2024 da Accenture: Human by Design: Como a IA abre as portas para o próximo nível de potencial humano.
"À medida em que a IA, a computação espacial e as tecnologias de detecção corporal evoluem até um ponto em que parecem imitar as capacidades humanas e se tornam invisíveis, o que resta são as pessoas - habilitadas com novas capacidades para realizar coisas que antes consideravam impossíveis", relata o diretor de tecnologia e inovação da Accenture, Paul Daugherty.
O estudo explora como, após anos de inovação exponencial, a tecnologia, especialmente a IA generativa, está mais humana em sua natureza. E, à medida que a tecnologia evolui para ser mais centrada no ser humano, gera capacidades substancialmente maiores para que as pessoas ampliem o seu potencial e reinventem os negócios.
A IA generativa tem o potencial de impactar 44% de todas as horas de trabalho nas indústrias, permitir melhorias de produtividade em 900 tipos diferentes de empregos e criar entre US$ 6 e 8 bilhões em valor econômico global, revela o levantamento.
"Esta mudança profunda na forma como as pessoas trabalham, vivem e aprendem acelerará uma onda de mudanças sem precedentes em todos os setores, desde o varejo e entretenimento até a medicina e a manufatura. As organizações que agem agora para reinventar os negócios e formas de trabalhar utilizando tecnologias 'humanas por princípio' redefinirão o que significa ser um líder da indústria", acredita o especialista.
As tecnologias centradas no ser humano, como a IA generativa, estão preparadas para libertar o potencial humano e proporcionar uma gama impressionante de benefícios empresariais e sociais, mas apenas se adotarmos uma abordagem equilibrada, humana desde a concepção, que garanta que estas tecnologias sejam utilizadas de forma justa e responsável, acrescenta Daugherty. 93% dos executivos concordam que, com os rápidos avanços tecnológicos, é mais importante do que nunca que as organizações inovem com propósito.
Confira quatro tendências da mudança que está em curso
Uma combinação feita por IA: Ao invés de vasculhar centenas de resultados de mecanismos de pesquisa, as pessoas receberão respostas selecionadas e personalizadas na forma de conselhos, um resumo de um vasto conjunto de resultados, um ensaio, uma imagem ou até mesmo uma obra de arte. A pesquisa agora se transforma em síntese e os líderes empresariais que reimaginarem como a informação funciona na organização.
Conheça meu agente: agentes capacitados para IA trabalharão em nome de indivíduos e farão parte de um ecossistema interconectado Eles não só nos auxiliam e aconselham, mas também tomam ações decisivas em nosso nome, tanto no mundo físico como no digital.
Ao trabalharem em conjunto, multiplicam a produção coletiva dos profissionais e geram um valor imenso para as empresas que optam por participar.
O espaço que precisamos: mundos ricos e imersivos de interação pessoal, que estendem nossos mundos físicos 2D para novos ambientes 3D criados por meio de computação espacial, metaverso, gêmeos digitais e tecnologias AR/VR. Estes novos lugares e experiências fundirão os nossos mundos digital e físico, nos unindo de novas formas, alimentando a inovação e melhorando a forma como trabalhamos, vivemos e aprendemos.
Nossos corpos eletrônicos: Uma nova interface humana, por meio de tecnologias inovadoras e integradas - como acessórios com IA, neurotecnologia com detecção cerebral e rastreamento ocular e de movimento - irão desbloquear uma melhor compreensão de nós, nossas vidas, intenções e usar esses insights para melhorar a maneira como trabalhamos e vivemos.
I.A na prática
A foto desta matéria foi feita por mim usando o Midjourney, um serviço de Inteligência Artificial que gera imagens a partir de descrições em linguagem natural, chamadas de prompts (do inglês: roteiros).
Eu descrevi como eu queria essa imagem e o sistema criou em poucos segundos.
Os textos são enviados ao Midjourney através do Discord. Quem aí vai se aventurar a usar?
Gaúcho debate saúde preventiva na sede da ONU
Parnow conta que é preciso mudar a cultura, e falar mais de saúde e menos de doença
hygia saúde/Divulgação/JCEspecialista em inovação no setor de saúde, o empreendedor gaúcho Maikol Parnow apresentará o case da primeira finhealth do Brasil, a hygia saúde, na próxima semana no The Future of Brazilian Retail at United Nations, evento promovido pela Brasil Varejo, em Nova York.
O encontro vai reunir cerca 200 empresários brasileiros na sede das Nações Unidas para discutir estratégias sustentáveis para o futuro do varejo, com foco em soluções relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
"Todas as metas da ODS 3 são ligadas a redução de mortalidade e de doenças. Isso é prevenção. Não fala sobre tratamento, sobre cura, fala sobre reduzir esses impactos", destaca o CEO da hygia saúde.
A startup criou um protocolo de atendimento específica para cuidar preventivamente da saúde das pessoas. "A empresa atua B2B, entrando na empresa e mudando sua cultura, para que fale mais de saúde e menos de doença. A partir daí conseguimos olhar para alguns indicadores e promover saúde no ambiente de trabalho usando dados e dashboards, combinado com cuidado individualizado", explica Parnow.
Um dos investidores da empresa é o empresário e investidor Joel Jota. "A presença da hygia no evento destaca não apenas a inovação no setor de saúde preventiva, mas também a capacidade do Brasil em contribuir para discussões globais sobre sustentabilidade e responsabilidade social no varejo", disse.