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Publicada em 08 de Janeiro de 2024 às 17:57

Mais da metade dos bares e restaurantes gaúchos opera sem lucro em novembro

Outro ponto de preocupação é o endividamento do setor, que atinge 34%

Outro ponto de preocupação é o endividamento do setor, que atinge 34%

Alex Rocha/PMPA/JC
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O setor de bares e restaurantes demonstra sinais de recuperação, mas ainda sofre para tornar as empresas rentáveis, de acordo com dados recentes de pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. O levantamento aponta que 56% dos estabelecimentos gaúchos não conseguem obter lucro. No mês de novembro, 26% ficaram no prejuízo e 30% trabalharam apenas para pagar as contas. O índice de bares e restaurantes que conseguiu ganhar dinheiro foi de 44%, aumento de 10 pontos em relação à última análise.
O setor de bares e restaurantes demonstra sinais de recuperação, mas ainda sofre para tornar as empresas rentáveis, de acordo com dados recentes de pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. O levantamento aponta que 56% dos estabelecimentos gaúchos não conseguem obter lucro. No mês de novembro, 26% ficaram no prejuízo e 30% trabalharam apenas para pagar as contas. O índice de bares e restaurantes que conseguiu ganhar dinheiro foi de 44%, aumento de 10 pontos em relação à última análise.

Outro ponto de preocupação é o endividamento do setor, que atinge 34%. As principais contas que dificultam o planejamento dos empresários são os impostos federais e estaduais, dívidas bancárias, aluguel atrasado e débitos com fornecedores.
"Apesar da retomada econômica em 2023, os bares e restaurantes ainda sofrem os reflexos da pandemia, como endividamento alto e as quedas de receita. O movimento está melhor, os índices de faturamento aumentam, mas os diversos momentos fechados ou com restrições de funcionamento dos anos anteriores trouxeram uma conta que precisa ser paga", destaca João Melo, presidente da Abrasel no RS.
Na visão de João Melo, um dos caminhos para reduzir a conta que ficou da pandemia é o apoio do poder público com ações para perdoar as dívidas que ficaram dos anos anteriores e a manutenção de programas fundamentais na recuperação econômica do ramo de Gastronomia, como o Perse.
"Com a possibilidade de cancelamento do Perse, o setor enfrenta grande preocupação e incerteza, ainda mais iniciando o ano com esse anúncio, o que obriga os empresários a refazerem o planejamento de trabalho para os próximos meses. A retirada de um programa essencial para o segmento vai refletir na redução de empregos e capacidade de crescimento das empresas", salienta.

A dificuldade de repor a inflação é mais um obstáculo enfrentado pelos empresários do segmento, com 61% afirmando que não conseguiram reajustar seus preços em linha com a inflação média - 26% delas tiveram reajustes abaixo do índice geral e 35% não alteraram seus preços. Apenas 10% afirmaram ter conseguido fazer reajustes acima da inflação e 29% ajustaram seus preços de acordo com o índice geral.
Empregos

Quanto à contratação de pessoal, 20% das empresas do setor contrataram novos funcionários em novembro, um sinal positivo de crescimento. Este número é superior ao de empresas que relataram demissões, que ficou em 14%. A maioria das empresas (65%) manteve seu quadro de empregados estável.
Quando a pesquisa foi realizada, em dezembro passado, as perspectivas para contratações eram animadoras, com 17% das empresas planejando contratar mais funcionários e 13% indicando intenção de demissão.

Dados da pesquisa:

26% dos negócios trabalharam com prejuízo no mês de novembro, índice que estava em 29% em outubro. Outros 44% tiveram lucro, aumento de 10 pontos em relação a última pesquisa, e 30% ficaram em equilíbrio.

- 34% dos estabelecimentos dizem ter dívidas em atraso. Dentre esses, 76% acumulam débitos relacionados a impostos federais, 42% têm dívidas bancárias, 33% impostos estaduais, 22% devem o aluguel, 18% devem a fornecedores de insumos e outros 18% estão inadimplentes com taxas municipais.

- 61% não conseguiram reajustar os seus preços em linha com a inflação média. Foram 26% com reajustes abaixo e 35% que não alteraram seus preços. Apenas 10% dizem ter feito reajuste acima da inflação. Outros 29% dizem ter feito reajuste conforme a inflação.

- 20% das empresas contrataram funcionários em novembro, contra 14% que dizem ter demitido. 65% mantiveram o quadro de empregados.

- 17% pretendiam contratar em dezembro. Além das que já fizeram contratações em novembro, 17% disseram que também estavam contratando em dezembro e 13% indicaram que havia alguma intenção de demitir.

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