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Publicada em 08 de Janeiro de 2024 às 15:09

Porto Alegre tem alta na cesta básica e se torna a capital com o maior custo no país

Custo do conjunto de bens de alimentos no município acumula R$ 766,53

Custo do conjunto de bens de alimentos no município acumula R$ 766,53

GILMAR LUÍS/arquivo/JC
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Agências
A cidade de Porto Alegre acumulou, entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023 a segunda maior alta acumulada na cesta básica, se tornando a capital com o maior valor do conjunto de produtos em todo o país, R$ 766,53. As informações são do estudo da DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
A cidade de Porto Alegre acumulou, entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023 a segunda maior alta acumulada na cesta básica, se tornando a capital com o maior valor do conjunto de produtos em todo o país, R$ 766,53. As informações são do estudo da DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
A capital do RS tem uma das únicas taxas positivas acumuladas nesse período de um ano, de 0,12%, junto somente com Belém (0,94%). As principais reduções acumuladas no período foram em em Campo Grande (-6,25%), Belo Horizonte (-5,75%), Vitória (-5,48%), Goiânia (-5,01%) e Natal (-4,84%).
entre novembro e dezembro do ano passado, o valor da cesta subiu em 13 cidades, sendo Porto Alegre a cidade com segunda maior alta (3,70%), atrás somente de Brasília (4,67%). Foram também altas consideráveis as de Campo Grande (3,39%) e Goiânia (3,20%). As diminuições ocorreram em Recife (-2,35%), Natal (-1,98%), Fortaleza (-1,49%) e João Pessoa (-1,10%).
O custo do conjunto de bens de alimentos no município se tornou, com essas altas, o maior de todas capitais do país, acumulando R$ 766,53, seguido por São Paulo (R$ 761,01), Florianópolis (R$ 758,50) e Rio de Janeiro (R$ 738,61). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde são pesquisados 12 produtos, Aracaju (R$ 517,26), Recife (R$ 538,08) e João Pessoa (R$ 542,30) registraram os menores valores médios.

Cesta básica e salário mínimo

A determinação constitucional estabelece que o salário mínimo seja suficiente para cobrir as despesas de um trabalhador e da família, sendo moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Partindo disso, a empresa que realizou o estudo estimou o salário mínimo necessário para suprir essas despesas, com base em Porto Alegre.
Com uma família de quatro pessoas, o salário deveria equivaler a R$ 6.439,62 ou 4,88 vezes o mínimo do ano passado, de R$ 1.320,00. Em novembro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 6.294,71 ou 4,77 vezes o piso vigente. Em dezembro de 2022, ficou em R$ 6.647,63, ou 5,48 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 1.212,00.
A DIEESE ainda estima que o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 109 horas e 03 minutos. Em novembro, a jornada necessária foi calculada em 107 horas e 29 minutos. Em dezembro de 2022, a média era de 122 horas e 32 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, nota-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em dezembro de 2023, 53,59% do rendimento para adquirir os mesmos produtos que, em novembro, demandaram 52,82%. Em dezembro de 2022, a média era de 60,22%.

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