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Publicada em 04 de Janeiro de 2024 às 13:49

Governo informa que Brasil quitou R$ 4,6 bi de dívidas com organismos internacionais em 2023

Foi distribuído entre contribuições regulares, integralizações de cotas de bancos multilaterais, além de recomposições de fundos internacionais.

Foi distribuído entre contribuições regulares, integralizações de cotas de bancos multilaterais, além de recomposições de fundos internacionais.

MARCELLO CASAL JR./ABR/JC
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Agência Estado
O Ministério do Planejamento e Orçamento e o Ministério das Relações Exteriores informaram nesta quinta-feira (04) que o Brasil quitou R$ 4,6 bilhões de dívidas com organismos internacionais em 2023. O montante, segundo as pastas, foi distribuído entre contribuições regulares, integralizações de cotas de bancos multilaterais, além de recomposições de fundos internacionais. Em setembro, o Estadão/Broadcast antecipou com exclusividade o anúncio do governo de que pretendia quitar esses pagamentos até o fim de 2023.
O Ministério do Planejamento e Orçamento e o Ministério das Relações Exteriores informaram nesta quinta-feira (04) que o Brasil quitou R$ 4,6 bilhões de dívidas com organismos internacionais em 2023. O montante, segundo as pastas, foi distribuído entre contribuições regulares, integralizações de cotas de bancos multilaterais, além de recomposições de fundos internacionais. Em setembro, o Estadão/Broadcast antecipou com exclusividade o anúncio do governo de que pretendia quitar esses pagamentos até o fim de 2023.
À Organização das Nações Unidas (ONU), foram quitados passivos de R$ 1,1 bilhão referentes a missões de paz da organização e, ainda, um valor aproximado de R$ 289 milhões referente a contribuições ao orçamento regular. "Dessa forma, além de assegurar o direito de voto do País na Assembleia-Geral das Nações Unidas em 2024, o Brasil reforçou o seu compromisso com o multilateralismo, com a Organização e com a sua atuação internacional", destacaram os ministérios em nota.
O texto ainda ressalta que os pagamentos, resultantes de trabalho conjunto dos dois ministérios somados a outros órgãos do governo federal, fortalecem a imagem do País no cenário internacional global e regional, reafirmam o compromisso do País com o multilateralismo e reforçam a capacidade de atuação diplomática.
Os pagamentos, de acordo com a nota, permitiram ao Brasil recuperar o direito de voto nos seguintes organismos: Organização Internacional para as Migrações (OIM); Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBTO); Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA); Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ); e Tribunal Penal Internacional (TPI).
O comunicado ainda destaca a quitação de dívidas relacionadas ao meio ambiente, como contribuições referentes à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e ao Protocolo de Kyoto. Também foram quitados passivos relacionados à Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), Convenção sobre Poluentes Orgânicos Persistentes (Convenção de Estocolmo) e Convenção sobre Mercúrio (Convenção de Minamata).
No fim do ano passado, o País honrou obrigações financeiras com organizações como a Organização dos Estados Americanos (OEA), Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização Mundial da Saúde (OMS).

Esfera regional

Segundo os ministérios, no âmbito regional, houve regularização de aportes para o Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (FOCEM), com o pagamento de cerca de R$ 500 milhões, a quitação da dívida com a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), com a Secretaria do Mercosul e com o Parlasul, entre outras contribuições.

PLOA 2024

De acordo com as duas pastas, o Brasil seguirá honrando os compromissos internacionais. O texto destaca que a alteração do tratamento orçamentário desse tipo de despesa no Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2024 reclassifica como obrigatórias as "despesas referentes a contribuições e a primeiras rodadas de integralizações a bancos multilaterais de desenvolvimento", o que contribui para evitar um acúmulo futuro de passivos com organismos internacionais.

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