O consumo de produtos químicos de uso industrial no Brasil aumentou 9,8% em outubro de 2023 ante mesmo mês de 2022, mas as empresas nacionais não conseguiram aproveitar o maior interesse dos compradores, registrando 4,4% de queda nas vendas internas. No sentido oposto, o volume de importações aumentou 28,8% na mesma base comparativa, conforme apontou o relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC), feito pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), divulgado nesta terça-feira (26).
Com um cenário de dificuldades provocado pela forte entrada de produtos importados no Brasil, o indicador de produção da indústria química nacional caiu 5,66% em outubro. A capacidade instalada do setor ficou em 66% no mês, cinco pontos porcentuais abaixo do mesmo período de 2022.
Também houve inflação de 4,92% nos preços de outubro para os produtos químicos de uso industrial, o que representa o segundo mês consecutivo de alta nominal, de acordo com o Índice Geral de Preços (IGP) feito pela Abiquim e a Fipe. A Abiquim aponta que o fenômeno é reflexo do mercado internacional.
Quanto ao mês de setembro, o Consumo Aparente Nacional (CAN) aumentou 11,2%. As importações também avançaram 19,9%, ambos na comparação anual. Em igual intervalo, a produção caiu 3,12% e as vendas internas recuaram 4,42%. Já os preços no período registraram alta de 2,99% ante o mês imediatamente anterior.
De acordo com a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, o setor químico está vivendo um dos seus piores momentos. A executiva diz ainda que o governo brasileiro está sendo prejudicado por conta das dificuldades que o setor vem enfrentando, com perdas de 23,1% na arrecadação de impostos com a fabricação de produtos químicos ante base anual, para R$ 23,5 bilhões entre janeiro e outubro deste ano.
"A situação fica ainda mais crítica quando se avalia o crescimento do volume de produtos importados e seus respectivos preços, originários de países da Ásia. A demanda local desses países recuou, mas eles estão se beneficiando do recebimento de petróleo e derivados da Rússia com preços que representam cerca de um terço do valor internacional", afirmou Fátima.
No acumulado de janeiro a outubro todos os índices acompanhados pela Abiquim apresentam resultados negativos, com exceção das importações, que subiram 3,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Os outros indicadores, como o Consumo Aparente Nacional (-2,8%), a produção (-10,09%), as vendas internas (-9,43%) e as exportações (-13%) registraram queda no acumulado de janeiro a outubro ante o mesmo período de 2022. Segundo a Abiquim, os números evidenciam a falta de competitividade da indústria nacional tanto para o atendimento da demanda local quanto para o mercado externo.
A entidade aponta que tem intensificado os esforços para levar ao governo os pleitos emergenciais e estruturantes do setor, no sentido de superar o cenário negativo. Em 2023, a Abiquim destaca que como fruto deste trabalho o restabelecimento do Regime Especial da Indústria Química (Reiq) foi alcançado, além da retomada do imposto de importação padrão para 73 produtos químicos.
Com um cenário de dificuldades provocado pela forte entrada de produtos importados no Brasil, o indicador de produção da indústria química nacional caiu 5,66% em outubro. A capacidade instalada do setor ficou em 66% no mês, cinco pontos porcentuais abaixo do mesmo período de 2022.
Também houve inflação de 4,92% nos preços de outubro para os produtos químicos de uso industrial, o que representa o segundo mês consecutivo de alta nominal, de acordo com o Índice Geral de Preços (IGP) feito pela Abiquim e a Fipe. A Abiquim aponta que o fenômeno é reflexo do mercado internacional.
Quanto ao mês de setembro, o Consumo Aparente Nacional (CAN) aumentou 11,2%. As importações também avançaram 19,9%, ambos na comparação anual. Em igual intervalo, a produção caiu 3,12% e as vendas internas recuaram 4,42%. Já os preços no período registraram alta de 2,99% ante o mês imediatamente anterior.
De acordo com a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, o setor químico está vivendo um dos seus piores momentos. A executiva diz ainda que o governo brasileiro está sendo prejudicado por conta das dificuldades que o setor vem enfrentando, com perdas de 23,1% na arrecadação de impostos com a fabricação de produtos químicos ante base anual, para R$ 23,5 bilhões entre janeiro e outubro deste ano.
"A situação fica ainda mais crítica quando se avalia o crescimento do volume de produtos importados e seus respectivos preços, originários de países da Ásia. A demanda local desses países recuou, mas eles estão se beneficiando do recebimento de petróleo e derivados da Rússia com preços que representam cerca de um terço do valor internacional", afirmou Fátima.
No acumulado de janeiro a outubro todos os índices acompanhados pela Abiquim apresentam resultados negativos, com exceção das importações, que subiram 3,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Os outros indicadores, como o Consumo Aparente Nacional (-2,8%), a produção (-10,09%), as vendas internas (-9,43%) e as exportações (-13%) registraram queda no acumulado de janeiro a outubro ante o mesmo período de 2022. Segundo a Abiquim, os números evidenciam a falta de competitividade da indústria nacional tanto para o atendimento da demanda local quanto para o mercado externo.
A entidade aponta que tem intensificado os esforços para levar ao governo os pleitos emergenciais e estruturantes do setor, no sentido de superar o cenário negativo. Em 2023, a Abiquim destaca que como fruto deste trabalho o restabelecimento do Regime Especial da Indústria Química (Reiq) foi alcançado, além da retomada do imposto de importação padrão para 73 produtos químicos.