O vice-presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e ex-governador do Estado, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), disse, nesta sexta-feira (8), que o Mato Grosso do Sul pode vir a ser acionista do banco de fomento em 2024, em pé de igualdade com o RS, Santa Catarina e Paraná.
A informação foi dada no Plenarinho da Assembleia Legislativa do RS, que recebeu, na manhã de sexta, um fórum de debates sobre o papel dos bancos públicos no sistema financeiro gaúcho. “Estamos no momento final de um estudo solicitado pelo Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul, Codesul, para que integralize ao capital social do BRDE o Estado do Mato Grosso do Sul, então temos essa possibilidade, no próximo ano, de mais um estado compondo o BRDE”, antecipou.
Ao Jornal do Comércio, Ranolfo disse que, caso o estudo citado e as conversações entre os três governadores da região Sul, Eduardo Leite (PSDB), Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, e Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, além do governador do MS, Eduardo Riedel (PSDB), resultem na aprovação da proposta, a inclusão do estado no BRDE deve acontecer em meados de 2024. “É um estado que tem uma proximidade histórica com a região Sul, e que, por não ter um banco próprio voltado ao desenvolvimento e fomento, pode se beneficiar bastante”, disse.
A ideia vem sendo discutida pelos quatro governadores pelo menos desde a metade do ano, quando aconteceu o primeiro encontro do Codesul reunindo Leite, Mello e Ratinho Júnior.
O BRDE já atua no Mato Grosso do Sul desde 2008, por meio de um convênio que permite a concessão de crédito no Estado. Atualmente o BRDE possui um “espaço de divulgação” em Campo Grande, contando com agências apenas em cidades da região Sul.
Até setembro de 2023, segundo o banco, já houve uma movimentação de R$ 1,3 bilhão em negócios com o Mato Grosso do Sul, com 1.346 contratos em setores como Indústria, Agroindústria e Comércio e Serviços.