Os impactos sociais no emprego e renda pelo fim da desoneração da folha de pagamento foi tema do Tá na Mesa da Federasul desta quarta-feira (6) realizado no Palácio do Comércio, em Porto Alegre. A deputada federal Any Ortiz (Cidadania) afirmou que, se for mantido o veto presidencial, o Brasil poderá ter a perda de 1 milhão de vagas de emprego. "É um erro político e econômico do governo federal propor o fim da desoneração da folha de pagamento. O que a União precisa fazer é prorrogar a desoneração por quatro anos", destaca a relatora do projeto de lei da desoneração e coordenadora da Bancada gaúcha no Congresso Nacional.
Any Ortiz acredita que existe uma grande possibilidade de derrubada do veto até porque, segundo a parlamentar, o Congresso precisa mostrar a responsabilidade que o governo federal não teve com a economia do País. "A derrubada do veto vai mostrar a preocupação dos parlamentares com a economia e a manutenção do emprego. A prorrogação da desoneração da folha é importante para fazer o Brasil crescer", acrescenta.
O debate teve mediação do presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, e contou com as presenças de José Paulo Boelter, integrante do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), de Ricardo Michelon, vice-presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon/RS) e Sérgio Gabardo, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Rio Grande do Sul (Setcergs).
Para Gabardo, se o cenário atual já é de preocupação, caso sejam aprovadas, propostas que repercutem em aumento de impostos (como o ICMS) podem tornar o quadro devastador. "Os 17 setores da economia beneficiados pela desoneração da folha de pagamentos representam cerca de 20% do total de empregos formais do País. Apesar de terem características diversas, em um aspecto todos se igualam: de uma forma ou de outra, dependem do transporte e logística", comenta.
O integrante do Conselho Deliberativo da Abicalçados destaca que a entidade realizou um levantamento sobre a decisão do governo federal. "O impacto, imediato, é de uma perda de 20 mil empregos já no primeiro ano. Taxar a geração de empregos vai de encontro à desejada política de reindustrialização do País", comenta. Para Boelter, a desoneração é uma política que vinha auxiliando na manutenção do empregos na atividade, que vem passando por dificuldades, especialmente diante da isenção de impostos de remessas internacionais das plataformas digitais.
O integrante do Conselho Deliberativo da Abicalçados destaca que a entidade realizou um levantamento sobre a decisão do governo federal. "O impacto, imediato, é de uma perda de 20 mil empregos já no primeiro ano. Taxar a geração de empregos vai de encontro à desejada política de reindustrialização do País", comenta. Para Boelter, a desoneração é uma política que vinha auxiliando na manutenção do empregos na atividade, que vem passando por dificuldades, especialmente diante da isenção de impostos de remessas internacionais das plataformas digitais.
Já Michelon, do Sinduscon/RS afirma que o veto presidencial vai contra a geração de empregos no Brasil. "É um retrocesso e um obstáculo significativo para o desenvolvimento econômico do País" ressalta.
A deputada federal Any Ortiz afirmou que o presidente Lula contradiz seu histórico de defesa dos trabalhadores, uma vez que sempre esteve associado aos sindicatos e a luta dos trabalhadores. A deputada afirmou que a postura atual vai na contramão desse discurso e o que está em primeiro plano é unicamente a arrecadação para pagar as contas do governo. Michelon admitiu uma frustração do setor da construção civil com o cenário atual. Ele lembrou que cada Real investido no setor, de acordo com estudos, tem um efeito multiplicador de aproximadamente R$ 2,46 na economia do País.
Boelter disse que o setor calçadista enfrenta desafios constantes ao longo dos anos, desde crises até a concorrência intensa de produtos asiáticos que entram no mercado sem a devida tributação. O representante da Abicalçados defendeu não apenas uma vantagem competitiva, mas condições equitativas, uma vez que os custos operacionais estão significativamente elevados.
Boelter disse que o setor calçadista enfrenta desafios constantes ao longo dos anos, desde crises até a concorrência intensa de produtos asiáticos que entram no mercado sem a devida tributação. O representante da Abicalçados defendeu não apenas uma vantagem competitiva, mas condições equitativas, uma vez que os custos operacionais estão significativamente elevados.