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Publicada em 05 de Dezembro de 2023 às 10:21

PIB varia 0,1% no terceiro trimestre e segue no maior patamar da série

Os setores da Indústria e Serviços foram os destaques no período, diz o IBGE

Os setores da Indústria e Serviços foram os destaques no período, diz o IBGE

FREEPIK/DIVULGAÇÃO/JC
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Agências
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ficou estável na passagem do segundo trimestre para o terceiro, com variação de 0,1%, na terceira taxa positiva seguida. O resultado é o maior patamar da série histórica e está 7,2% acima do nível pré-pandemia, registrado no quarto trimestre de 2019. Os dados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (5). Em valores correntes, foram gerados R$ 2,741 trilhões no terceiro trimestre. De janeiro a setembro, o PIB acumulou alta de 3,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os setores da Indústria (0,6%) e Serviços (0,6%) foram os destaques no terceiro trimestre entre os três grandes ramos analisados. “Olhando por dentro do setor de serviços, os maiores destaques são as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), especialmente na parte ligada aos seguros, e as imobiliárias (1,3%), com o aumento no número dos domicílios”, ressalta Rebeca.explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.No setor de serviços, das sete atividades analisadas, seis tiveram desempenho positivo, destacando-se o segmento de Informação e comunicação (1,0%), outras atividades de serviços (0,5%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%) e comércio (0,3%).O resultado negativo foi do setor de transporte, armazenagem e correio, que recuou 0,9%. “Essa queda vem após oito trimestres de altas e é relacionada ao transporte de passageiros”, diz a coordenadora de Contas Nacionais. Como um todo, o setor de serviços representa cerca de 67% da economia.Entre as atividades industriais, apenas o setor de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,6%) cresceu, influenciado pelo crescimento no consumo de energia. “Está sendo um ano bom para o setor, sem problemas hídricos e com bandeira verde. Também foi muito quente, o que favoreceu o consumo de eletricidade e de água”, analisa Rebeca.Indústrias extrativas (0,1%) e as indústrias de transformação (0,1%) ficaram estáveis. A construção (-3,8%) foi a única atividade industrial a cair no trimestre e acumula retração de 0,9% no ano frente ao mesmo período de 2022. A agropecuária caiu 3,3% no trimestre, a primeira queda da atividade após cinco trimestres com taxas positivas. “A agropecuária atingiu o seu maior patamar no trimestre passado e neste há a saída da safra da soja, a maior lavoura brasileira, que é concentrada no primeiro semestre. Então há a comparação de um trimestre em que há um grande peso da soja com outro em que ela não pesa quase nada. Portanto, essa queda era esperada, mas está sendo um bom ano para a atividade, que está acumulando alta de 18,1% até o terceiro trimestre”, avalia a pesquisadora.Na ótica da demanda, houve queda de 2,5% nos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) frente ao segundo trimestre. Essa foi a quarta queda consecutiva desse indicador. “É um reflexo da política monetária contracionista, com queda na construção e também na produção e importação de bens de capital. Todos os componentes que mais pesam nos investimentos caíram neste trimestre”, analisa Rebeca.A Despesa de Consumo das Famílias aumentou 1,1% e a do Governo, 0,5%. “O crescimento do consumo das famílias é explicado por alguns fatores, como os programas governamentais de transferência de renda, a continuação da melhora do mercado de trabalho, a inflação mais baixa e o crescimento do crédito. Por outro lado, apesar de começarem a diminuir, os juros seguem altos e as famílias seguem endividadas. Houve também a queda no consumo de bens duráveis”, destaca a coordenadora.Quando a comparação é feita com o mesmo trimestre de 2022, o PIB cresceu 2,0%, impactado pelos resultados positivos dos três grandes setores. A agropecuária avançou 8,8%, a indústria 1,0% e serviços 1,8%.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ficou estável na passagem do segundo trimestre para o terceiro, com variação de 0,1%, na terceira taxa positiva seguida. O resultado é o maior patamar da série histórica e está 7,2% acima do nível pré-pandemia, registrado no quarto trimestre de 2019. Os dados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (5).

Em valores correntes, foram gerados R$ 2,741 trilhões no terceiro trimestre. De janeiro a setembro, o PIB acumulou alta de 3,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os setores da Indústria (0,6%) e Serviços (0,6%) foram os destaques no terceiro trimestre entre os três grandes ramos analisados. “Olhando por dentro do setor de serviços, os maiores destaques são as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), especialmente na parte ligada aos seguros, e as imobiliárias (1,3%), com o aumento no número dos domicílios”, ressalta Rebeca.explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

No setor de serviços, das sete atividades analisadas, seis tiveram desempenho positivo, destacando-se o segmento de Informação e comunicação (1,0%), outras atividades de serviços (0,5%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%) e comércio (0,3%).

O resultado negativo foi do setor de transporte, armazenagem e correio, que recuou 0,9%. “Essa queda vem após oito trimestres de altas e é relacionada ao transporte de passageiros”, diz a coordenadora de Contas Nacionais. Como um todo, o setor de serviços representa cerca de 67% da economia.

Entre as atividades industriais, apenas o setor de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,6%) cresceu, influenciado pelo crescimento no consumo de energia. “Está sendo um ano bom para o setor, sem problemas hídricos e com bandeira verde. Também foi muito quente, o que favoreceu o consumo de eletricidade e de água”, analisa Rebeca.

Indústrias extrativas (0,1%) e as indústrias de transformação (0,1%) ficaram estáveis. A construção (-3,8%) foi a única atividade industrial a cair no trimestre e acumula retração de 0,9% no ano frente ao mesmo período de 2022.

A agropecuária caiu 3,3% no trimestre, a primeira queda da atividade após cinco trimestres com taxas positivas. “A agropecuária atingiu o seu maior patamar no trimestre passado e neste há a saída da safra da soja, a maior lavoura brasileira, que é concentrada no primeiro semestre. Então há a comparação de um trimestre em que há um grande peso da soja com outro em que ela não pesa quase nada. Portanto, essa queda era esperada, mas está sendo um bom ano para a atividade, que está acumulando alta de 18,1% até o terceiro trimestre”, avalia a pesquisadora.

Na ótica da demanda, houve queda de 2,5% nos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) frente ao segundo trimestre. Essa foi a quarta queda consecutiva desse indicador. “É um reflexo da política monetária contracionista, com queda na construção e também na produção e importação de bens de capital. Todos os componentes que mais pesam nos investimentos caíram neste trimestre”, analisa Rebeca.

A Despesa de Consumo das Famílias aumentou 1,1% e a do Governo, 0,5%. “O crescimento do consumo das famílias é explicado por alguns fatores, como os programas governamentais de transferência de renda, a continuação da melhora do mercado de trabalho, a inflação mais baixa e o crescimento do crédito. Por outro lado, apesar de começarem a diminuir, os juros seguem altos e as famílias seguem endividadas. Houve também a queda no consumo de bens duráveis”, destaca a coordenadora.

Quando a comparação é feita com o mesmo trimestre de 2022, o PIB cresceu 2,0%, impactado pelos resultados positivos dos três grandes setores. A agropecuária avançou 8,8%, a indústria 1,0% e serviços 1,8%.

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