O rapper Emicida teve uma experiência diferente do que costuma fazer nesta quarta-feira (8) em São Paulo. Foi palestrante de um evento de marketing digital, o RD Summit, que reúne cerca de 19 mil pessoas até esta sexta-feira (10), a maioria empreendedores. Após outros painelistas alardearem uma série de falas frenéticas ensinando a vender mais, engajar, arrasar, ser o melhor profissional possível, gerar lucros, levar o faturamento ao topo como um foguete, o artista sugeriu: “não se leve tão a sério”.
A mensagem principal de Emicida, que fala como se estivesse declamando uma poesia, foi fazer o público se questionar por que seguir no modo automático. “Eu amo o que faço, mas sou mais do que faço”, repetiu, com uma frase de impacto no telão que dizia “seja bom no seu trabalho, mas seja ótimo com quem você ama”.
A mensagem principal de Emicida, que fala como se estivesse declamando uma poesia, foi fazer o público se questionar por que seguir no modo automático. “Eu amo o que faço, mas sou mais do que faço”, repetiu, com uma frase de impacto no telão que dizia “seja bom no seu trabalho, mas seja ótimo com quem você ama”.
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Emicida conta que passou a pensar nesta questão durante a pandemia, quando, pela primeira vez, teve uma vida em família. “Tinha que fazer café, varrer o quintal, dormia vendo filme na sala”, elencou a lista de atividades simples que mudaram sua percepção sobre a vida. Mas não foi só isso.
O cantor relata que já se sentiu lisonjeado por ser chamado de workaholic. Até que o trabalho começou a lhe afastar do que realmente importava. “Quando a garota que dei meu primeiro beijo morreu de câncer, eu estava do outro lado do planeta”, lamenta, dizendo que não pôde ir ao enterro.
Teve, ainda, o episódio de uma crise de ansiedade da filha, que não lhe ligou pois não queria “atrapalhar seu trabalho”. Ou quando um amigo foi assassinado enquanto ele estava ocupado demais. “Corrija a sua rota antes que você esqueça o que é mais valioso”, ensinou.
Mas foi o foco na profissão que, justamente, mudou a realidade de Emicida, cujo nome verdadeiro é Leandro Roque de Oliveira. “Ouvi durante toda minha vida que eu seria bandido, inclusive de parentes”, lembra. O menino negro da periferia, no entanto, acreditou, seguiu em frente e enfrentou um monte de decepções. O que, na verdade, não foi ruim.
“A frustração é pedagógica. Ela ensina muitas coisas para quem quer aprender”, define. Emicida nunca conseguiu um emprego formal. Hoje, porém, emprega 200 pessoas direta e indiretamente. E o mais importante: através de uma música que “foi considerada subcultura, assim como ocorreu com o samba e o jazz em algum momento”.
As conquistas lhe trouxeram conforto e riscos. A vaidade foi uma delas. “A vaidade dá espaço para o ego, que nunca está satisfeito. A autoconfiança pode se transformar em arrogância”, falou aos milhares de CEOs que garantem saber todas as respostas para o sucesso.
Para Emicida, a humildade é um adereço que cabe bem em qualquer pessoa, em qualquer circunstância. E ele voltou a pedir que se separe o joio do trigo. “Você acredita que o único lugar onde tem que dar o melhor é onde te pagam para isso. Mas sua vida não é o seu trabalho”, disse mais uma vez. A frase ecoou na plateia, que aplaudiu de pé.
Emicida conta que passou a pensar nesta questão durante a pandemia, quando, pela primeira vez, teve uma vida em família. “Tinha que fazer café, varrer o quintal, dormia vendo filme na sala”, elencou a lista de atividades simples que mudaram sua percepção sobre a vida. Mas não foi só isso.
O cantor relata que já se sentiu lisonjeado por ser chamado de workaholic. Até que o trabalho começou a lhe afastar do que realmente importava. “Quando a garota que dei meu primeiro beijo morreu de câncer, eu estava do outro lado do planeta”, lamenta, dizendo que não pôde ir ao enterro.
Teve, ainda, o episódio de uma crise de ansiedade da filha, que não lhe ligou pois não queria “atrapalhar seu trabalho”. Ou quando um amigo foi assassinado enquanto ele estava ocupado demais. “Corrija a sua rota antes que você esqueça o que é mais valioso”, ensinou.
Mas foi o foco na profissão que, justamente, mudou a realidade de Emicida, cujo nome verdadeiro é Leandro Roque de Oliveira. “Ouvi durante toda minha vida que eu seria bandido, inclusive de parentes”, lembra. O menino negro da periferia, no entanto, acreditou, seguiu em frente e enfrentou um monte de decepções. O que, na verdade, não foi ruim.
“A frustração é pedagógica. Ela ensina muitas coisas para quem quer aprender”, define. Emicida nunca conseguiu um emprego formal. Hoje, porém, emprega 200 pessoas direta e indiretamente. E o mais importante: através de uma música que “foi considerada subcultura, assim como ocorreu com o samba e o jazz em algum momento”.
As conquistas lhe trouxeram conforto e riscos. A vaidade foi uma delas. “A vaidade dá espaço para o ego, que nunca está satisfeito. A autoconfiança pode se transformar em arrogância”, falou aos milhares de CEOs que garantem saber todas as respostas para o sucesso.
Para Emicida, a humildade é um adereço que cabe bem em qualquer pessoa, em qualquer circunstância. E ele voltou a pedir que se separe o joio do trigo. “Você acredita que o único lugar onde tem que dar o melhor é onde te pagam para isso. Mas sua vida não é o seu trabalho”, disse mais uma vez. A frase ecoou na plateia, que aplaudiu de pé.