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Aviação

- Publicada em 08 de Novembro de 2023 às 16:17

Aeromot anuncia 'Fábrica Ponte' no aeroporto Salgado Filho e hub de tecnologia em Guaíba

Cristiane e Guilherme Cunha detalharam projetos da empresa Aeromot no Tá na Mesa da Federasul

Cristiane e Guilherme Cunha detalharam projetos da empresa Aeromot no Tá na Mesa da Federasul


Rosi Boni/Federasul/Divulgação/JC
As primeiras aeronaves DA62 bimotor com sete lugares, da empresa Aeromot, serão montadas em um hangar (que está sendo reformado) dentro do Aeroporto Internacional Salgado Filho a partir do segundo semestre de 2024. A estrutura denominada "Fábrica Ponte" entrará em funcionamento antes da inauguração do complexo AeroCiti - Aero Centro Integrado de Tecnologia e Inovação, no Distrito Industrial de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, previsto para o final de 2025. Os detalhes da construção do Hangar, em Porto Alegre, e do complexo industrial, em Guaíba, foram apresentados pelos irmãos Guilherme Cunha, CEO da Aeromot S.A, e Cristiane Cunha, vice-presidente da Aeromot S.A, que participaram nesta quarta-feira (8) do Tá na Mesa da Federasul onde abordaram o tema "Aerociti e as novas oportunidades para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul".
As primeiras aeronaves DA62 bimotor com sete lugares, da empresa Aeromot, serão montadas em um hangar (que está sendo reformado) dentro do Aeroporto Internacional Salgado Filho a partir do segundo semestre de 2024. A estrutura denominada "Fábrica Ponte" entrará em funcionamento antes da inauguração do complexo AeroCiti - Aero Centro Integrado de Tecnologia e Inovação, no Distrito Industrial de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, previsto para o final de 2025. Os detalhes da construção do Hangar, em Porto Alegre, e do complexo industrial, em Guaíba, foram apresentados pelos irmãos Guilherme Cunha, CEO da Aeromot S.A, e Cristiane Cunha, vice-presidente da Aeromot S.A, que participaram nesta quarta-feira (8) do Tá na Mesa da Federasul onde abordaram o tema "Aerociti e as novas oportunidades para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul".
Segundo Cristiane Cunha, as primeiras aeronaves DA62 serão produzidas ainda em Porto Alegre e, depois da conclusão das obras da unidade em Guaíba, toda a operação da Aeromot que atua em conjunto com a empresa austríaca Diamond será transferida para a Região Metropolitana. Com um investimento de R$ 300 milhões, o CEO Guilherme Cunha informou que a primeira parte do complexo AeroCiti está previsto para ser inaugurado no final de 2025. "Vamos inaugurar a fábrica de aeronaves da Aeromot e a pista em um área de 100 hectares no município de Guaíba", destaca. Conforme Cunha, o investimento da empresa com o Aero Citi nos próximos dez anos poderá chegar a R$ 2,5 bilhões e R$ 3 bilhões com infraestrutura e empresas satélites.
A segunda parte das obras do complexo AeroCiti em Guaíba terá ainda um Hub de tecnologia, empresas sistemistas e uma área de convivência destinada a comunidade - um museu aberto. A área total disponibilizada a empresa Aeromot em Guaíba é de aproximadamente 400 hectares. Para conceder o terreno a empresa, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico fez uso do dispositivo chamado "cessão onerosa", onde seria construída a fábrica da Ford, no Distrito Industrial de Guaíba.
O contrato foi assinado em setembro do ano passado pelo governo do Estado e foi criado especialmente para este caso, mas a iniciativa poderá ser aproveitada para contratos futuros. Segundo Cunha, a entrada em funcionamento da fábrica em Guaíba deverá resultar em 1,5 mil empregos diretos e indiretos. "Temos um acordo a cumprir com a Diamond de produção da aeronave ainda em 2024. Por isso, o projeto da Fábrica Ponte no aeroporto Salgado Filho", ressalta. A Diamond produz aeronaves na Áustria, no Canadá e na China. Com a fábrica no Rio Grande do Sul, conforme  Cristiane Cunha, a ideia é atender o mercado da América Latina. "A aviação no Brasil é a segunda maior frota do Mundo e em número de voos - só perde para os Estados Unidos", acrescenta o CEO da Aeromot S.A.
De acordo com Cunha, o mercado de aviação geral no Brasil cresce 3,2% ao ano, e atingirá uma receita de R$ 3,4 bilhões em 2025. A receita global de aeronaves a pistão deve crescer 4,1% até 2028, atingindo US$ 1,15 bilhão. "A frota de aviação executiva cresceu 227 aeronaves no ano passado e as aeronaves particulares representam 65% da frota ativa e 5% são de táxi aéreo", ressalta.
A Aeromot é a responsável exclusiva, no Brasil, pela distribuição e pelo centro de serviços autorizado da Diamond Aircraft, que fabrica diversos tipos de aeronaves. Hoje, a Diamond possui sede na Áustria e instalações no Canadá e na China. De acordo com Cunha, o modelo DA62 é referência de mercado em tecnologia, segurança e economia. No Brasil, já corresponde, desde 2020, a mais de 86% das entregas de bimotores a pistão novos – fator que foi determinante para a vinda da fábrica das aeronaves para o país.
O mercado de atuação da empresa Aeromot é para órgãos de segurança pública, Forças Armadas, órgãos governamentais, empresas de táxi aéreo, escolas de pilotagem, aviação agrícola, geral e executiva. Conforme Cristiane Cunha, a aviação geral complementa a oferta de voos da aviação comercial, com aviões menores, o que acaba por criar um serviço especializado e que atende a demandas regionais e nichos específicos de clientes.