Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

COMBUSTÍVEIS

- Publicada em 07 de Novembro de 2023 às 17:42

Primeiro teste para planta de Rio Grande se tornar biorrefinaria é bem-sucedido

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, considera a iniciativa disruptiva

Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, considera a iniciativa disruptiva


ARMANDO PAIVA/ AGÊNCIA PETROBRAS/DIVULGAÇÃO/JC
do Rio de JaneiroUma tecnologia que deve revolucionar a área de refino de combustíveis no Brasil e que está sendo desenvolvida no Rio Grande do Sul progride satisfatoriamente. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, informa que foi concluída com êxito a fase inicial de testes para transformar a Refinaria Riograndense (ex-Ipiranga, localizada no município de Rio Grande) em uma biorrefinaria.
do Rio de Janeiro


Uma tecnologia que deve revolucionar a área de refino de combustíveis no Brasil e que está sendo desenvolvida no Rio Grande do Sul progride satisfatoriamente. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, informa que foi concluída com êxito a fase inicial de testes para transformar a Refinaria Riograndense (ex-Ipiranga, localizada no município de Rio Grande) em uma biorrefinaria.
"Pela primeira vez colocamos 100% de óleo vegetal (de soja) rodando em uma refinaria de petróleo e conseguimos produzir derivados que são hoje tipicamente gerados de fontes fósseis", comemora o dirigente.
De acordo com ele, esse feito é algo disruptivo, que não era imaginável no passado. Prates salienta que a iniciativa ganha ainda mais importância ao levar em conta que a refinaria gaúcha, que hoje tem como acionistas a Petrobras, Grupo Ultra e Braskem, é um complexo de 1937. O executivo acrescenta que o futuro do complexo está associado à essa mudança de uso de matéria-prima, pois caso o contrário a planta perde competitividade.
O presidente da Petrobras reforça que a unidade em Rio Grande deverá se transformar na primeira biorrefinaria do Brasil nos próximos anos. Ele adianta que serão feitos outros testes e, para 2024, deve ser realizado o investimento para adaptar a estrutura para a sua nova operação.

Em maio, durante passagem pelo Estado, Prates já havia anunciado a intenção de tornar o ativo uma biorrefinaria. Na ocasião, foi mencionado que o valor do investimento da Petrobras na unidade seria de cerca de R$ 45 milhões.
Atualmente, a Refinaria Riograndense tem como principal atividade a produção e comercialização de derivados de petróleo, especialmente gasolina, óleo diesel, nafta petroquímica, óleo combustível, GLP (gás de cozinha), além de outros derivados. Seu mercado concentra-se na região Sul do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul. A refinaria tem capacidade de processamento instalada de 17 mil/barris dia.
Prates participou nesta terça-feira (7) do lançamento da segunda etapa da maior seleção pública socioambiental da história da Petrobras. O anúncio foi feito na sede da empresa, no Rio de Janeiro. A companhia investirá cerca de R$ 220 milhões neste edital e, contabilizando-se os projetos sociais e ambientais já em andamento com os que serão selecionados, atingirá um investimento total de R$ 1 bilhão nos próximos quatro anos.
Na ocasião, Prates também fez menção que a Petrobras está investindo nas energias renováveis como a geração eólica offshore (no mar). Conforme o dirigente, trata-se de uma ação até mais simples do que as atividades que a estatal está acostumada a desempenhar como, por exemplo, a extração de petróleo do pré-sal a mais de sete quilômetros da superfície do oceano, sem contar a perfuração.
Para o executivo, esse novo processo precisa ser acompanhado com o diálogo com as comunidades pesqueiras e com quem vive da economia do mar. "Queremos fazer a transição energética justa, que inclua as pessoas e não as aparte", defende o dirigente.
Recentemente, a Petrobras encaminhou ao Ibama o pedido de licenciamento ambiental de dez áreas no mar brasileiro para o desenvolvimento de projetos de energia eólica offshore. Desse total, uma área está no Rio Grande do Sul; sete na região Nordeste (três no Rio Grande do Norte, três no Ceará e uma no Maranhão); e duas no Sudeste (uma no Rio de Janeiro e uma no Espírito Santo). Somados, esses espaços têm um potencial para o desenvolvimento de projetos eólicos offshore com capacidade total de 23 mil MW (mais que cinco vezes a demanda média de energia dos gaúchos).
O complexo da Petrobras no Estado, cuja usina deverá ser instalada na costa marítima próxima do município de Mostardas, terá capacidade para 3,5 mil MW. O investimento, segundo estimativas atuais do mercado, será de R$ 35 bilhões.