Passagens aéreas puxam alta de 0,21% do IPCA-15 em outubro

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,96%, e no acumulado dos últimos 12 meses é de 5,05%

Por JC

Táxi. Taxistas. Transporte de passageiros.
A prévia da inflação ficou em 0,21% em outubro, abaixo do resultado de setembro, quando ficou em 0,35%. A principal influência veio do preço das passagens aéreas, que subiu 23,75% e teve o maior impacto individual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta quinta-feira (26) pelo IBGE.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,96%, e no acumulado dos últimos 12 meses é de 5,05%, acima dos 5% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2022, a taxa foi de 0,16%.

Entre os grupos pesquisados, sete tiveram alta, com a maior variação (0,78%) e o maior impacto (0,16 p.p.) registrados por Transportes pelo segundo mês consecutivo. Além da passagem aérea, subitem de maior impacto, somente transporte por aplicativo (5,64%) e emplacamento e licença (1,64%) registraram altas. A inflação do táxi (0,31%) decorre do reajuste de 20% em Porto Alegre (3,59%), a partir de 9 de outubro.

o item combustíveis recuou 0,44%, com registro de recuo nos preços de gasolina (-0,56%), etanol (-0,27%) e gás veicular (-0,27%). Dentro deste item, apenas óleo diesel (1,55%) registrou alta.

Os grupos Saúde e cuidados pessoais (0,28%) e Habitação (0,26%) também registraram aumento e contribuíram 0,04 p.p. cada para o IPCA-15 de outubro. Em Habitação, destacam-se as altas do gás de botijão (1,24%) e do aluguel residencial (0,29%). Já a energia elétrica residencial registrou queda de 0,07% em outubro.

Em Saúde e cuidados pessoais, o subitem plano de saúde registrou alta de 0,77%. Os itens de higiene pessoal também subiram (0,05%), influenciados pelas altas dos subitens perfume (1,24%) e produtos para cabelo (0,45%).

Entre os dois grupos que apresentaram queda, a influência mais relevante foi de Alimentação e bebidas (-0,31% e -0,07 p.p.), no quinto mês consecutivo de recuo no IPCA-15. O subgrupo alimentação no domicílio desacelerou na comparação com setembro, caindo 0,52%. Entre os subitens, destacam-se as quedas do leite longa vida (-6,44%), a principal do IPCA-15 de outubro, além do recuo nos preços do feijão-carioca (-5,31%), do ovo de galinha (-5,04%) e das carnes (-0,44%). Já o arroz (3,41%) e as frutas (0,71%) subiram de preço no mês.

Na análise do subgrupo alimentação fora do domicílio, houve alta de 0,21%, uma desaceleração em relação a setembro (0,46%). Também a alta da refeição (0,22%) foi menos intensa que a do mês anterior (0,35%). Já o lanche, que recuou 0,11%, registra queda de preços após uma alta em setembro (0,74%).