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- Publicada em 10 de Outubro de 2023 às 17:17

Parecer da PEC das Ferrovias deve ser apreciado em outubro na Assembleia Legislativa

Ociosidade atinge quase metade da extensão da malha férrea gaúcha

Ociosidade atinge quase metade da extensão da malha férrea gaúcha


ANTF/DIVULGAÇÃO/JC
 
 
 
Com o objetivo de atrair mais investimentos na malha férrea do Rio Grande do Sul, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das Ferrovias progride dentro da Assembleia Legislativa. De acordo com o presidente da Frente Parlamentar das Ferrovias, deputado Felipe Camozzato (NOVO), o parecer da iniciativa deve ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ainda neste mês. Ele tinha a expectativa que o texto fosse apreciado nesta terça-feira (10), no entanto a deputada Luciana Genro (Psol) pediu vista do processo. Camozzato espera agora que o parecer seja analisado na próxima semana e que a votação no plenário ocorra antes do final do ano.

Uma das ferramentas da PEC para incentivar investimentos é o emprego do sistema de autorizações em vez de concessões. O parlamentar frisa que esse mecanismo permitirá uma maior agilidade e menos burocracia para desenvolver novos empreendimentos. “O modelo de autorização possibilita que o operador privado, sozinho ou através de consórcio, planeje a construção de uma ferrovia que vai ligar uma região de matéria-prima a uma zona industrial ou um polo produtor às linhas férreas federais, ou seja, o mercado vai poder propor ferrovias (hoje esse planejamento está concentrado na União)”, detalha Camozzato.

Ele ressalta que o Mato Grosso adotou uma legislação semelhante, em novembro de 2020, e desde aquela época já atraiu investimentos para o segmento que superam o patamar de R$ 11 bilhões. “E isso acabou chegando via iniciativa privada, especialmente através da PEC da ferrovia mato-grossense”, diz. O deputado também salienta que é preciso revitalizar a malha férrea federal existente no Rio Grande do Sul. Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Estado possui uma malha de aproximadamente 3.259 quilômetros de linhas e ramais ferroviários utilizados quase exclusivamente para o transporte de cargas.

Porém, Camozzato destaca que, atualmente, essa malha está com cerca de 1,5 mil quilômetros desativados ou suspensos. O parlamentar afirma que a concessionária que atua no território gaúcho, a Rumo, não opera alguns pontos porque não há mais interesse comercial. Conforme o atlas socioeconômico do Rio Grande do Sul, a participação do modal ferroviário na matriz de transportes é de aproximadamente 15% no Brasil e 6% no Rio Grande do Sul.

Ainda sobre o tema, nesta quarta-feira (11) será realizado na Assembleia Legislativa o painel: “Oportunidades para o RS crescer sobre trilhos”. Participarão do encontro o vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, e o vice-presidente de Infraestrutura da Federasul, Carlos Bacchieri. Na ocasião, Camozzato adianta que serão discutidos os possíveis investimentos no modal. Um empreendimento que o deputado considera importante para aprimorar o setor seria a ligação férrea de uma forma mais direta e curta entre a região Metropolitana de Porto Alegre e o porto de Rio Grande.