Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Biocombustível

- Publicada em 02 de Outubro de 2023 às 15:45

Bndes financiará unidade de biometano em Minas do Leão que terá investimento de R$ 120 milhões

Produção do biocombustível aproveitará resíduos de aterro sanitário

Produção do biocombustível aproveitará resíduos de aterro sanitário


JONATHAN HECKLER/ARQUIVO/JC
A Biometano Sul, companhia formada pela Solví Essencis Ambiental e a Arpoador Energia, venceu uma importante etapa para ir adiante na construção de uma planta de biometano, no município de Minas do Leão. A empresa assinou nesta segunda-feira (2) com o Bndes o primeiro contrato de financiamento para o empreendimento. O banco disponibilizará R$ 99,7 milhões para a iniciativa, estimada em um valor total de cerca de R$ 120 milhões.
A Biometano Sul, companhia formada pela Solví Essencis Ambiental e a Arpoador Energia, venceu uma importante etapa para ir adiante na construção de uma planta de biometano, no município de Minas do Leão. A empresa assinou nesta segunda-feira (2) com o Bndes o primeiro contrato de financiamento para o empreendimento. O banco disponibilizará R$ 99,7 milhões para a iniciativa, estimada em um valor total de cerca de R$ 120 milhões.
O projeto terá R$ 56,5 milhões do Programa Fundo Clima (mecanismo de apoio a ações relacionadas à redução de emissões de gases do efeito estufa), complementados por R$ 43,2 milhões do Bndes Finem. O presidente da Arpoador, Roberto Faria, informa que as obras da planta deverão começar em novembro, com a perspectiva de entrada em operação no início do segundo semestre de 2024. A capacidade da unidade será de 66 mil metros cúbicos diários do gás.
O biometano será gerado a partir da purificação do biogás oriundo da decomposição dos resíduos que chegam ao aterro sanitário de Minas do Leão de propriedade da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), coligada ao Grupo Solví. Segundo Faria, o aterro atualmente recebe materiais provenientes de aproximadamente 80 municípios.
O presidente da Arpoador detalha que a comercialização do biometano acontecerá na forma comprida, ou seja, chegará até os clientes finais por cilindros, transportados por caminhões. A ideia é atender ao mercado gaúcho e, primeiramente, consumidores industriais. “E também a gente vai trabalhar junto com os nossos prestadores de serviços para a conversão, de diesel para o biometano, da frota que transporta os resíduos da CRVR”, diz Faria.
O executivo adianta que mais projetos de produção de biometano serão desenvolvidos em outros aterros da CRVR. O próximo empreendimento será feito no complexo que a companhia possui em São Leopoldo. O presidente da Arpoador revela que a capacidade de produção da segunda planta será de 33 mil metros cúbicos diários de biometano e deverá ser finalizada até 2025.
“O biometano oriundo dos aterros é uma excelente fonte de energia alternativa para o combustível fóssil. Além de contribuir diretamente com a mitigação das mudanças climáticas, sendo um combustível de fonte sustentável, menos poluente e acessível”, comenta o CEO da Solví, Celso Pedroso. Já a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do Bndes, Luciana Costa, considera que a operação envolvendo a unidade em Minas do Leão é um marco para o banco, pois usa os recursos do Fundo Clima para um projeto que conjuga transição energética com o aprimoramento da destinação dos resíduos sólidos urbanos.