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Espinafre e vagem têm maior alta de preço na Ceasa ao longo da semana
Elevação ocorreu, principalmente, por conta das chuvas e enchentes no RS
Dos 35 produtos principais analisados semanalmente pela Gerência Técnica da Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS), 14 deles tiveram comportamento estável em preços, 9 apresentaram alta e 12 baixa ao longo da última semana.
Segundo a assessoria técnica da Ceasa/RS, foram analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo.
A análise do órgão destacou que o período foi marcado por grande ocorrência de chuvas, que seguem intensas no Rio Grande do Sul, devido ao fenômeno El Niño. Segundo a Ceasa/RS, isso tem ocasionado o atraso no plantio de muitos cultivos, pois os produtores não estão conseguindo fazer o preparo do solo, em função da alta umidade, o que pode afetar a oferta de produtos nos próximos dias.
A Ceasa/RS apontou ainda que o relatório foi feito no dia que antecedeu o feriado estadual da Revolução Farroupilha, nesta quarta-feira, que, apesar de normalmente ser um dia de menor movimento no local, influenciou a atividade do setor, já que muitos supermercados, fruteiras e comércios não funcionaram na data, o que reduziu a procura por hortigranjeiros.
Dos produtos que tiveram as maiores altas de preços destacaram-se o espinafre - de R$1,25 para R$1,67/kg (33,60%)- e a vagem- de R$7,00 para R$9,00/kg (28,57%).
No caso do espinafre comercializado nas Centrais de Abastecimento, a principal origem são unidades produtivas do Estado. Por conta disso, o preço teve alta em razão da oferta reduzida em função das chuvas que ocorreram nos últimos dias no Rio Grande do Sul. Por cinta disso, observou-se um aumento da umidade e uma baixa luminosidade, afetando negativamente a produção do espinafre, que é muito sensível a essas condições adversas.
Já no caso da vagem, boa parte da comercializada no Estado nessa época do ano advém de regiões produtoras mais distantes, principalmente na região Sudeste, visto que a produção local é baixa, restringindo-se a algumas em ambientes protegidos, o que eleva os preços. Além disso, a entrada da vagem no Ceasa no dia da cotação foi 19,33% inferior à média do dia forte de setembro no último triênio, reduzindo, portanto, a oferta de produtos e contribuindo para a elevação dos preços.