Porto Alegre, quarta-feira, 14 de maio de 2025.
Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Porto Alegre, quarta-feira, 14 de maio de 2025.

TECNOLOGIA

- Publicada em 12 de Setembro de 2023 às 09:12

Mercado Livre usa soluções criadas em Detroit para melhorar eficiência no Brasil

Gigante do e-commerce quer eletrificar sua frota no País

Gigante do e-commerce quer eletrificar sua frota no País


Mercado Livre/Divulgação/JC
Detroit é conhecida como a capital da indústria automobilística nos Estados Unidos. Embora tenha enfrentado uma fase de crise que começou há cerca de 50 anos, agora quer recuperar sua liderança global no setor. Neste cenário de retomada, a incubadora NewLab, cuja sede fica no Brooklyn, em Nova York, abriu uma unidade na cidade há poucos meses, reunindo 40 startups focadas em mobilidade. Ali, são criadas soluções para o Mercado Livre, que é da Argentina, aplicar na América do Sul, inclusive no Brasil.  
Detroit é conhecida como a capital da indústria automobilística nos Estados Unidos. Embora tenha enfrentado uma fase de crise que começou há cerca de 50 anos, agora quer recuperar sua liderança global no setor. Neste cenário de retomada, a incubadora NewLab, cuja sede fica no Brooklyn, em Nova York, abriu uma unidade na cidade há poucos meses, reunindo 40 startups focadas em mobilidade. Ali, são criadas soluções para o Mercado Livre, que é da Argentina, aplicar na América do Sul, inclusive no Brasil.  
Foi em Detroit que a indústria automobilística teria nascido. É onde cresceu, aliás, Henry Ford, fundador da Ford. Os turistas podem visitar sua casa e conhecer o endereço onde ele montou o Ford T, carro que simboliza o nascimento da era do automóvel, apresentado em 1908.  
Ao ligar a televisão, em Detroit, há diversos comerciais de revendas de veículos. Inclusive, com produções publicitárias curiosas, mostrando funcionários e clientes dançando e cantando. A vibe é justamente de otimismo acerca do tema. 
Um brasileiro que aguardava para embarcar de Boston para Detroit com sua filha e a esposa grávida, na segunda-feira (11), obviamente, trabalha em uma indústria do ramo. Segundo ele, que atua na área de engenharia de desenvolvimento de para choques, há uma grande comunidade de pessoas vindas do Brasil empregadas no segmento
Quem mora na maior cidade do Michigan garante que não tem lugar melhor para criar soluções de mobilidade. E é por isso que as grandes empresas estão voltando seu olhar a Detroit, que soma cerca de 1,1 mil voos por dia de seu aeroporto, o DTW. E isso impacta o mundo todo.  
"O Mercado Livre quer eletrificar sua frota na América do Sul", explica Rich Fahle, head de parceria e marketing no NewLab Detroit, detalhando o trabalho realizado para a marca ali em Detroit. Ele explica que a aproximação com o varejista online começou há três anos e fez, inclusive, com que o NewLab ampliasse seu leque de startups no Brasil, Argentina, Uruguai e países da região.

O NewLab ajuda o Mercado Livre a pensar em alternativas em seus meios de entrega e de como torná-las eficientes até em termos de custos. Por isso, a iniciativa estuda soluções como tuktuks, minivans, veículos de três rodas e entregas autônomas, como as por drone. Há soluções desenvolvidas, ainda, para serem usadas entre as fábricas.

Outro foco das estratégias é pensar como e onde os veículos elétricos serão recarregados, além de quantos quilômetros podem se deslocar por dia. "Estamos ajudando eles a andarem mais depressa rumo à eletrificação e a alcançarem suas metas", explica Fahle.

O executivo ressalta a importância de um hub como o NewLab para o ecossistema global. Ele cita uma história relacionada à América do Sul para ilustrar o assunto.
O Mercado Livre, segundo ele, estava tentando fazer parceria com a fabricante indiana Mahindra para suas entregas em tuktuks, mas o negócio não avançava. "Através do NewLab, a relação foi construída", sustenta.
A questão da redução do interesse das pessoas pelo consumo de carros foi questionada a Fahle pelo grupo de jornalistas internacionais que percorrem os Estados Unidos. O empreendedor, no entanto, respondeu que "o mundo precisa se movimentar". Exatamente no espírito Detroit de ser. 

Participação de mulheres na indústria automobilística é bandeira da cidade

Não é só no Brasil que a questão da diversidade e inclusão é defendida no universo industrial. Funciona em Detroit o Centro para Diversidade, Inclusão e Avanço Automotivo (Cadia, da sigla em inglês). A CEO e fundadora do projeto, Cheryl Thompson, diz que apenas 27,6% da indústria automotiva é composta por mulheres. "Isso influencia no design dos carros", afirma.

Cheryl conta um episódio de quando uma van foi produzida e não tinha onde as mulheres colocarem suas bolsas. Sua missão, portanto, é dobrar o número de lideranças femininas no setor até 2030.

Os jornalistas que estão em missão pelos Estados Unidos para entender as iniciativas voltadas à Inteligência Artificial (IA) em diversos ramos ouviram de Cheryl que a tecnologia ajuda a levar mais mulheres ao setor, pois hoje a demanda por profissionais vai além do chão da fábrica. "Vejo mais mulheres envolvidas em veículos autônomos, eletrificação. Nossa indústria está mudando, não é mais só força bruta, agora há mais estratégia e criatividade, onde elas acrescentam muito. Nessas áreas, estamos em 50%/50%", celebra.
iPhone 15 é lançado nos Estados Unidos
Por falar em tecnologia, um dos assuntos mais comentados nos Estados Unidos é sobre o lançamento do iPhone 15, que ocorre em Cupertino, na Califórnia, nesta terça-feira (12). A expectativa é que o modelo ofereça mais desempenho e eficiência energética.  
Coisas que a IA ainda não resolve 
Outro assunto que domina o noticiário é o caso Danilo Cavalcante, brasileiro que escapou de uma penitenciária norte-americana ao escalar a parede de uma forma curiosa (vale buscar na internet). Há duas semanas, a polícia não consegue capturá-lo. Ou seja, a Inteligência Artificial ainda precisa ser aprimorada para casos de fuga.