Pedido de licença ambiental do parque eólico na Serra do Caverá será feito ainda neste ano

Modificação na legislação permite prosseguimento do empreendimento

Por Jefferson Klein

Diretor da Integra Energia, João Ramis, adianta que solicitação à Fepam deve ser feita nos próximos dias
Após Projeto eólico em Rosário do Sul obtém licença para torres de medição de ventos
“Se for ver no zoneamento da Fepam, a área que escolhemos é considerada de baixo impacto ambiental, ela não exige nem Eia/Rima (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental), pede só RAS (Relatório Ambiental Simplificado)”, comenta o diretor da Integra Energia, João Ramis. O empreendimento prevê a instalação de uma usina de aproximadamente 250 MW (o que corresponde a cerca de 14% da capacidade instalada de energia eólica hoje no Rio Grande do Sul), o que implicaria um investimento de cerca de R$ 1,5 bilhão.
A Integra Energia é uma desenvolvedora de projetos de energias renováveis que participa do empreendimento em Serra do Caverá com a cooperativa Creral. A empresa possui cinco iniciativas a serem realizadas no Rio Grande do Sul: em Santa Vitória do Palmar (3), em Santana do Livramento, além da de Rosário do Sul. Esses complexos somam uma potência de aproximadamente 1,5 mil MW. Essa capacidade representaria um investimento de cerca de R$ 10 bilhões.
Recentemente, a companhia gaúcha firmou um memorando de intenções de colaboração mútua com a chinesa Goldwind e existe a perspectiva que essa empresa adquira participação nos projetos efetuados no Estado. Há pouco tempo, o grupo internacional anunciou a construção de uma planta de aerogeradores na Bahia. Ramis ressalta que os equipamentos que serão feitos naquele estado serão os de maior potência a serem fabricados no Brasil, com 7,8 MW de capacidade.
O diretor da Integra Energia destaca que a Goldwind também estuda a implementação de uma unidade de torres de concreto (estruturas que sustentam os aerogeradores) e ele acredita que a região do Escudo Sul-Riograndense, no entorno dos municípios de Candiota e Pinheiro Machado, tem potencial para atrair esse investimento. Ramis argumenta que a área conta com mão de obra, possibilidade de fornecimento de cimento e ainda potencial de geração eólica.