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Produção de alimentos está no DNA da economia local
Arranjo Produtivo Local já tem a adesão de dezenas de empresas da região
A produção de alimentos e bebidas está no DNA da economia local. A proximidade geográfica com os principais mercados consumidores do Rio Grande do Sul, como a Região Metropolitana e a Serra, foi a motivação, entre o final do século XIX e o começo do século XX, para que as primeiras iniciativas empreendedoras surgissem e prosperassem.
Dados da Secretaria da Fazenda apontam que a indústria de alimentos e bebidas entre as regiões do Vale do Taquari e Central resultaram em R$ 1,05 bilhão em ICMS arrecadado em 2022. Conforme dados do Ministério do Trabalho, o setor empregava, em 2021, mais de 36 mil pessoas na região.
O resultado é visto nos levantamentos do varejo. São quatro empresas - Docile, Fruki, Neugebauer, CCGL - listadas entre as preferidas pelos consumidores do Brasil, conforme o índice Nielsen Super Varejo.
Somente no Vale do Taquari, o setor conta com 1,4 mil empresas, desde as micro e pequenas até gigantes de setores como frigoríficos, lácteos, sorvetes, chocolates, balas, candies e refrigerantes. Este grupo organizou-se em um Arranjo Produtivo Local, reconhecido em junho do ano passado, e tem feito a diferença.
"Desde 2020, quando começamos a reunir empresas, com o apoio do Sebrae, já somamos mais de 40 empresas participantes e 20 voluntários de todos os setores. O APL proporcionou uma maior integração da cadeia produtiva, com trocas de experiências e busca de oportunidades conjuntas. Estamos trabalhando na construção de uma visão de futuro para o Vale do Taquari, com o objetivo de identificarmos as principais competências da região e gerar identidade para elas", aponta a presidente do APL e da Fruki Bebidas, de Lajeado, Aline Eggers.
Entre os avanços do APL, Aline destaca as participações em feiras, parcerias com institutos de inovação e apresentação de oportunidades por meio do Fundopem e da Finep.
Entre 2020 e 2021, somente duas empresas da região haviam sido beneficiadas pelo Fundopem. Desde o começo de 2022, já foram seis. Entre elas, a Fruki, que tem sede em Lajeado e investe R$ 174 milhões para abrir a sua segunda fábrica, em Paverama, com previsão de ser inaugurada em novembro deste ano.
"Além da localização estratégica do Vale do Taquari, próxima da BR-386, temos outras situações positivas, que fazem a diferença na produção industrial, como a qualidade da água, a cultura industrial da região e seu histórico de qualificação profissional. Além disso, Paverama está próxima de Lajeado, onde está a nossa sede administrativa e permite o uso da mesma estrutura de laboratórios e manutenção", detalha a dirigente.
De acordo com Aline Eggers, a nova planta industrial da Fruki terá capacidade produtiva de 200 milhões de litros ao ano, um incremento de 48% em relação à produção atual. As novas instalações no Vale do Taquari terão 21 mil metros quadrados de área construída.
Os líderes do mercado Fonte: Nielsen Revista Super Varejo
Fruki: 1º lugar na Região Sul e 5º no Brasil em água mineral; 4º lugar na Região Sul em refrigerante
Docile: 4º lugar nas regiões Sul, Nordeste, Centro-Oeste e parte do Sudeste e 4º lugar no Brasil em bala
Neugebauer: 4º lugar na Região Sul e 5º no Brasil em chocolate
CCGL: 4º lugar na Região Sul em creme de leite; 2º lugar na Região Sul e 4º lugar no Brasil em leite em pó